Governo simula combater o desemprego

As medidas agora anunciadas pelo governo em matéria de combate ao desemprego para o distrito do Porto, que se vêem juntar ao Plano regional da Península de Setúbal, ao Plano de Intervenção da Beira Interior e ao Programa de Emprego e Protecção Social, nada vão resolver no combate à grave situação social e de desemprego no nosso País.

O governo apresenta planos, mas o desemprego não pára de aumentar. O governo já não tem credibilidade nesta matéria. O desemprego cresceu 28,3% entre Junho de 2002 e Junho de 2003, sendo agora superior a 414 mil pessoas quando há um ano atrás não chegava às 323 mil.

O Bloco de Esquerda considera que são necessárias outras soluções que combatam esse flagelo e nesse sentido apresentou um projecto de Lei que “Adopta medidas de urgência de apoio aos trabalhadores na situação de desemprego e de promoção do emprego e da contratação”.

O Bloco de Esquerda considera que se torna fundamental uma mudança da política económica, de aprofundamento do investimento público, da criação de emprego e de formação profissional qualificante e contínuo que envolva todos os trabalhadores activos e no desemprego. Estas, e não planos de silly season, são as reformas necessárias para uma política de emprego.

O Bloco de Esquerda considera ainda que as medidas falsamente “moralizadoras do subsídio de doença” representam uma profunda regressão social, pois todos os trabalhadores teriam uma quebra no rendimento substitutivo dos rendimentos do trabalho e só um número ínfimo poderia sair beneficiado. O governo continua a olhar com uma desconfiança metódica para a generalidade dos trabalhadores, tratando cumpridores e não cumpridores da mesma forma. Já fora assim no Rendimento Mínimo Garantido. Esta perseguição social segue bem a linha política do mais pequeno partido do governo.

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