Análise dos dois primeiros anos do governo PSD/PP

José Barroso anda muito arrogante. Anda a falar da “grande vitória” da política do seu governo e ainda, dois anos depois, anda a criticar o governo anterior pelos males que afectam Portugal. Antes de mais nada, há que lembrar que seu partido fez uma oposição catastrófica, simplesmente bloqueando o governo liderado pelo PS a cada momento.

Os males que afectam Portugal não são poucos. O desgoverno do PSD/PP resulta numa subida em flecha dos preços nos últimos dois anos, acompanhado por um aumento vertiginoso do número de desempregados, que na maioria das vezes só começam a receber o subsídio de desemprego após largos meses de espera, o que é uma vergonha.

Vamos analisar o registo de dois anos de trabalho desta coligação cripto-fascista do Partido Social Democrata (cujas preocupações sociais pelos vistos são zero e que de democrata não tem nada) e o Partido Popular, que pelas sondagens, não o é.

A taxa de desemprego em 2001 registava 4,1%. No final de 2003, tinha subido para 6,5%. Este (des)governo não só se mostra incapaz de proteger os empregos, como também não é capaz de criar novos postos de trabalho. O resultado desta ineficácia é dramático para tantas famílias.

Será esta a “grande vitória” de José Barroso?

Em 2002 e 2003, as taxas de produção baixaram, o Produto Interno Bruto baixou, o rendimento disponível dos cidadãos baixou muito e o rendimento real dos cidadãos baixou.

Será esta a “grande vitória” de José Barroso?

A compensação de empregados por capita desceu dum ponto alto de quase 6% em 2001, baixando para 4,8% em 2002 e 3,4% em 2003. Será o governo anterior o culpado?

Será esta a “grande vitória” de José Barroso?

As exportações entre 2002 e 2004 não acompanharam um aumento de oportunidades do mercado de exportação, de acordo com os dados revelados pela OCDE, apesar de Portugal ter os custos laborais e de serviços mais baixos da União Europeia. O que andaram José Barroso e sua equipa tão vitoriosa a fazer?

Será esta a “grande vitória” de José Barroso?

Os impostos sobre a produção aumentaram, a IVA aumentou de 17% para 19%, o subsídio a novos empréstimos para hipotecas foi cancelado (bela prenda de Ferreira Leite para os jovens, que simpática) mas o balanço corrente hoje é 30% menos que aquele de 2002, quando Barroso, Leite e companhia decidiram prestar seus serviços vitoriosos aos portugueses, formando o que é discutivelmente o pior governo na história quase milenar deste país. Será o culpado o governo anterior?

Será esta a “grande vitória” de José Barroso?

Para terminar, um exemplo esplêndido da política económica e financeira deste (des)governo. A política relativamente ao IPE – Investimentos e Participações Empresariais, uma holding com uma participação do estado de 100%. Dava rios de dinheiro à Tesouraria por ano. Todos os anos. O que José Barroso e Manuela Ferreira Leite decidiram fazer?

Extinguiram-no. Fechou as portas, todos para a rua.

Terá sido esta a “grande vitória” de José Barroso?

Classificação final: Péssima. Recomenda-se que os alunos Barroso e Leite sejam expulsos da escola, por danificar o bom nome desta.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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