Interesse da gazprom

Uma empresa russa do grupo Gazprom está interessada em construir uma fábrica de etileno em Sines. O anúncio desse interesse foi feito ontem pelo ministro da Presidência russa, Serguei Naryshkhin, depois da assinatura de um acordo com o ministro da Economia português, Manuel Pinho.

Foi Manuel Pinho quem primeiro falou da oportunidade de investimentos na área da petroquímica. Depois o ministro russo foi mais além e anunciou a apresentação de uma proposta por parte de uma empresa russa para "construção de uma empresa petroquímica em Portugal". Questionado pelos jornalistas sobre de que empresa se tratava, respondeu que teria de ser a própria companhia a divulgar o seu projecto.

Mais tarde, contudo, o ministro português disse tratar-se de uma empresa do grupo Gazprom, a maior empresa pública russa, que tem interesses sobretudo no gás, mas que nos últimos tempos começou a alargar os seus interesses ao sector do petróleo, tendo pelo menos três empresas petrolíferas. A proposta feita foi da construção de uma fábrica de etileno na zona de Sines.

Pinho e Naryshkhin reuniram-se no ámbito da comissão mista da cooperação económica e técnica entre os dois países. Esta foi a segunda reunião da comissão, que não se reunia há três anos. Deste encontro saiu a decisão de criar dois grupos de trabalho especializados: um para a construção naval e pescas e outro para a ciência, tecnologia e inovação. Foi também decidido criar um conselho bilateral de empresários.

Para mais tarde - mais propriamente para a visita a Portugal do primeiro-ministro russo, Mikhail Fradkov, a 9 e 10 de Novembro - ficam a assinatura de mais dois protocolos entre Portugal e a Rússia: um para a troca de informações fiscais e outro na área do Turismo. "Há condições para que o número de turistas russos (em Portugal) aumente num futuro próximo", disse Manuel Pinho, acrescentando que para isso é "fundamental aumentar o fluxo de transporte", ou seja aumentar o número de vôos entre Moscovo e Lisboa. O mesmo comentário foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, na sua recente visita ao país. Actualmente só há um vôo semanal directo, feito por uma companhia russa.

Também os dois políticos falaram sobre o "apoio russo a construção em Moscovo de um centro de apoio a colocação de produtos portugueses no mercado russo", e sobre a compra de aviões para combate aos fogos.

Julia Rasnitsova Pravda.ru

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