Poesia em Coimbra

Poemas da obra Fausto, enésima parte de Gerrit Komrij

Leitura por António Rama e José Neves

Vídeo de acompanhamento realizado por João Pinto

Recolha de poemas e tradução do Neerlandês a cargo de Arie Pos

22 de Setembro de 2003 | 21.30h

Convento de São Francisco

Entrada gratuita

O contabilista

Outro senhor. Este trata dos bens materiais.

Agora está na hora de fazer a conta.

Indexa os meus haveres – desde castelos no ar

A bracelete de ouro. Fico posto a nu.

(…)

Gerrit Komrij

António Rama

Nasceu a 4 de Fevereiro de 1944, em Ereira, Montemor-o-Velho.

Estreou-se na Casa da Comédia com a Farsa de Inês Pereira dirigido por Fernando Amado em l964.

Trabalhou com os melhores encenadores portugueses, tendo representado autores como Gil Vicente, Santareno, Garrett, António José da Silva, Molière, Shakespeare, Wilde, Shaw, Boris Vian, Gorki, Friel, Euripides, Sartre, Ibsen, Ghelderode, Pinter, Ritsos, Yourcenar, Schnitzler, etc.

Recebeu o prémio da Crítica pelo desempenho em D. Juan de Molière numa encenação de Jean Marie Villégier.

Em televisão protagonizou a série Entre Giestas e Um Jeep em segunda mão, além de inúmeras peças das Noites de Teatro da RTP.

Fez a primeira telenovela da RTP, Chuva na Areia, e protagonizou Desencontros e Filhos do Vento de Moita Flores.

Em 2002 representou: com Fernanda Lapa, Agamémnon ou o Crime de M. Duras e Y. Ritsos, numa encenação de Antonino Solmer; A Escola de Bufões de M. Ghelderode, encenada para o teatro Praga por Pedro Penim; Câmara Ardente de Harold Pinter, direcção de Graça Corrêa para os Artistas Unidos e O Caminho Solitário de A. Schnitzlzer, numa encenação de Rogério de Carvalho para o TNDM II.

José Neves

Nasceu em Trancoso em 1965.

Começou a sua actividade no Teatro Aquilo da Guarda como compositor e intérprete da música de alguns dos espectáculos ali produzidos.

Em 1984 foi admitido no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), onde trabalhou com encenadores como A. Kowalski, Adolfo Gutkin, Rogério de Carvalho ou Ricardo Pais.

Foi um dos fundadores d’A Escola da Noite (1991), onde integrou os elencos dos espectáculos Amado Monstro de Javier Tomeo, que co-encenou com António Jorge, O Triunfo do Amor de Marivaux, encenado por Rogério de Carvalho.

No Teatro Nacional de D. Maria II integrou, entre outros, os elencos de Fausto Fernando Fragmentos a partir de textos de Fernando Pessoa; Clamor de Luísa Costa Gomes a partir dos Sermões do Padre António Vieira, ambas com encenação de Ricardo Pais; Os Jornalistas de Schnitzler, encenação de Jorge Lavelli; Ricardo II de W. Shakespeare, encenação de Carlos Avilez.

No TEUC encenou Ensaio 31 a partir da peça Seis Personagens em Busca de Autor de Um Autor, de Pirandello e Bodas de Sangue de Federico Garcia Lorca.

Participou em algumas produções televisivas, nomeadamente Todo o Tempo do Mundo, Jardins Proibidos, Olhos de Água, Filha do Mar e Amanhecer. Integra o elenco do TNDMII desde 1998.

Gerrit Komrij nasceu nos Países Baixos em 1944 e vive desde 1984 em Portugal. Estudou Literatura Comparada na Universidade de Amsterdão e fez traduções literárias do romaico, latim, inglês, francês e alemão. A partir dos anos setenta ganhou renome como crítico literário, de arte e da televisão, e como ensaísta e cronista. Estreou-se em 1968 como poeta e desde então tem-se afirmado como um dos poetas mais importantes dos Países Baixos, mantendo sempre, tanto na sua obra poética como nas suas opiniões como crítico, cronista e ensaísta, uma posição contra a corrente. Nos anos oitenta, surpreendeu com a sua tradução do teatro completo de Shakespeare e com peças originais. Para Porto 2001/Roterdão 2001 escreveu o libreto para a ópera Melodias Estranhas.

Publicou vários romances e organizou uma antologia histórica da poesia neerlandesa do séc. XII ao séc. XX (3 volumes de «mil e alguns poemas» cada) e uma antologia da poesia africânder. Em 2000, Komrij foi eleito como o primeiro «Poeta da Pátria» neerlandês. Entre os muitos prémios literários que recebeu ao longo da sua carreira, destaca-se o prestigiado prémio P.C. Hooft de Ensaio (1993).

Obras publicadas em tradução portuguesa: Atrás dos Montes (romance situado em Portugal, ASA 1997) e Um Almoço de Negócios em Sintra (crónicas relativas a Portugal, ASA 1999).

O original do ciclo Fausto, enésima parte (Faust, zoveelste deel) foi publicado em 1997.

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