Companhia DA ESQUINA estreia “Acorda-me”

Trata-se da segunda peça levada a cena por esta jovem companhia de teatro, que foi criada em Novembro de 2003, por decisão de um grupo de actores profissionais, com o objectivo de pesquisar e difundir a cultura ao nível do teatro, da dança e da música, sempre que possível tomando como base a produção de originais. A primeira peça que representaram foi “Rosmaninho & Alecrim”, uma peça musical infantil, com encenação de Guilherme Filipe e texto original de Jorge Gomes Ribeiro.

Residente no Teatro de S. Francisco, Largo da Luz, em Carnide, sala climatizada com 230 lugares e rampas e lugares acessíveis a deficientes, a Companhia DA ESQUINA conta com o apoio do Centro Cultural Franciscano e da Junta de Freguesia de Carnide. Agora, a Companhia DA ESQUINA dá vida à comédia romântica “Acorda-me”, cuja dramaturgia é baseada no livro “A Desconstrução da Alma”, do escritor Luís Costa Pires, autor de “A Rainha de Copas” (prémio Prosas de Estreia 1998), “Depois da Noite” e “Mandrágora”, livros publicados pela Editorial Notícias. A encenação está a cargo de Claudio Hochman, que já foi responsável por alguns dos grandes momentos de teatro em Portugal, como “O Navio dos Rebeldes”, “Proof”, “Cyrano” e, mais recentemente, “O Último Tango de Fermat”.

“Faz um ano que Jorge Gomes Ribeiro me apresentou uns textos de Luís Costa Pires, que me agradaram muito. Achei que poderiam fazer parte de um só espectáculo”, explica o encenador. Depois, Jorge Gomes Ribeiro trabalhou a adaptação, embora não a respeitasse na íntegra como ponto de partida para a adaptação cénica. “Pela primeira vez, encaro a encenação pelo lado não lógico, embora, magicamente, ela por si, adquira uma lógica própria. “Acorda-me” é um espectáculo com uma infinidade de leituras e, por isso, não seria lógico adiantar leituras possíveis. Nunca me quis repetir mas inevitavelmente nos repetimos. Somos um, somos dois e às vezes somos três e outras, mil. Somos pelo direito e pelo avesso, às vezes dizemos o que os outros pensam e outras vezes pensamos o que os outros dizem, outras calamos para que o silêncio fale”, conclui Claudio Hochman.

Para Luís Costa Pires, escrever teatro sempre foi “um desafio, pois é algo muito diferente do que estou habituado a fazer, uma vez que, na escrita de um romance, não há a interferência de mais ninguém. Mas é enriquecedor trabalhar com gente de talento e vontade, onde o trabalho de equipa é o mais importante e onde existem sempre ideias novas a surgir que só podem engrandecer o resultado final da obra”.

Nesta peça, num mesmo ambiente cénico, coabitam sentimentos opostos, numa história convergente num único sujeito, um paciente encerrado numa cama de hospital. As personagens são misteriosas: Carolina é uma mulher apaixonada. Miguel, um viajante sem passado. Rui é o próprio passado. Num mesmo espaço, o diálogo flutua por códigos éticos e morais, que diferem, por vezes, em intensidade e significado, criando desequilíbrios, ansiedades e angústias em relações proteladas pelo ciclo do eterno recomeçar e pelo desejo de que nada adormeça.

A peça estreia dia 14 de Maio, sendo levada a cena todas as quintas, sextas e sábados, pelas 21:30 horas, interpretada por Rita Cruz, Sérgio Moura Afonso e Jorge Gomes Ribeiro. Os bilhetes estão à venda nas FNAC’s Ticketline (http://www.ticketline.pt), PLATEIA.IOL (http://www.plateia.iol.pt) e no local, uma hora antes do espectáculo.

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Author`s name Pravda.Ru Jornal
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