Dirceu: agenda do país é de crescimento

“Já falei várias vezes que é uma ilusão achar que depois de 23 anos de lutas, depois de 10 anos trabalhando para chegarmos à Presidência da República, que nós vamos nos desentender”, afirmou.

Dirceu voltou a dizer que é o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quem comanda a área econômica no governo. O ministro-chefe da Casa Civil ressaltou que no governo existe o debate sobre as questões, mas há uma unidade de ação. “Uma questão é a discussão que fazemos, mas depois que o presidente decide não há nenhuma hipótese de discordarmos”, falou.

Meirelles

Para o ministro, a situação fiscal do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não preocupa o governo. Meirelles foi apontado pela revista IstoÉ como não tendo feito declaração de Imposto de Renda em 2001, por residir no exterior e de ter, no mesmo ano, declarado domicílio eleitoral em Goiás para disputar as eleições em 2002.

“O diretor Meirelles publicou uma nota. A minha avaliação é que ele apresentou todas as razões e tem base legal. As explicações parecem consistentes. É uma questão que o TSE e a Receita Federal devem cuidar”, disse José Dirceu, para quem nem esse tema e nem o caso da denúncia de espionagem da empresa Kroll devem ser transformados em questões políticas. Disse apenas que o presidente Lula quer esclarecer a denúncia de espionagem. “Se houver espionagem, é ilegal e a ordem do presidente é apurar, ir a fundo e punir os responsáveis”, disse. Sobre a prisão de um suposto espisão da Kroll, o português Tiago Verdial, feita hoje pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, Dirceu disse desconhecer o fato e que a questão está sendo tratada pelo ministrio da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

O ministro também não vê problemas em eventuais contratos de prestação de serviço da Kroll para o governo federal. “Algumas licitações são internacionais e se a Kroll tem uma subsidiária no Brasil, também não vejo problema. Esta questão, é o ministro da Justiça que está cuidando. É uma questão policial, não envolve o governo”, afirmou.

Debate eleitoral

O ministro também negou que existe intenção de se fazer comparações sobre o desempenho do governo Lula e o da administração FHC com objetivos eleitorais. “O debate eleitoral é municipal, mesmo porque não é de interesse da oposição que assim seja”, falou José Dirceu, que há mais de dois meses vem dizendo que o governo deve aceitar fazer esse debate. “Temos o que apresentar à sociedade. Estamos crescendo em alguns setores mais do que na época do Real”, afirmou.

Dirceu também manifestou confiança na vitória da prefeita Marta Suplicy na eleição em São Paulo. “A prefeita, nas próximas semanas vai reverter o quadro com segurança, tanto pelo que estou sentindo nas ruas como pelos que tenho conversado com a coordenação da campanha dela”, previu o ministro.

PT

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