Babá repudia ação da Policia Militar na Universidade Federal Fluminense!

BABÁ (PSOL/RJ) REPUDIA AÇÃO DA POLICIA NA UFF

O dia 25 de outubro de 2005 ficará registrado nos anais da Universidade Federal Fluminense como um dos mais nefastos de sua historia. Nessa data, o reitor Cícero Fialho convocou a Policia Militar para reprimir um piquete de greve organizado pelo Comando de Greve Unificado, conformado por estudantes, professores e técnico-administrativos, que haviam deliberado fechar os portões do Campus do Valonguinho, com o objetivo de garantir a abertura de negociação com o Governo Federal.

De forma autoritária e truculenta, como nos piores anos da ditadura militar, a PM entrou e ocupou o Campus. Batendo, asfixiando trabalhadores, professores, estudantes, reprimindo barbaramente com gás de pimenta, esta violenta ação repressiva deixou o triste saldo de vários manifestantes feridos e um estudante e um funcionário presos.

É um verdadeiro absurdo que na Universidade do governo Lula, onde deveria imperar o dialogo e o debate, as questões sociais e as reivindicações justas dos trabalhadores sejam tratadas como caso de Polícia. Mas não nos surpreende, já que esta é a forma como o Governo Federal vem tratando os movimentos sociais. Foi assim também na greve dos bancários e dos Correios.

No Rio de Janeiro, chegou-se ao absurdo de colocar o famoso "caveirão", que é um tanque que ocupa os morros no Rio de Janeiro, para reprimir piquete de greve.

Estou acompanhando as negociações tanto do ANDES/SN, quanto da FASUBRA com o governo e o que tenho presenciado é mais do mesmo; o Governo até agora não se digna em atender os grevistas e muito menos em apresentar uma proposta decente. Os recursos do Orçamento que deveriam ser destinados para a educação, para a saúde, para as nossas universidades, para o CEFET, para o melhoramento dos salários desses profissionais, são usados para pagar juros abusivos aos banqueiros e ao FMI. Isso tem sido uma tônica no Governo Lula, que além de não atender as reivindicações dos trabalhadores ainda os trata com repressão.

Repudiamos a política de criminalizar os protestos do movimento social praticada pelos governos federal e estaduais. Repudiamos a postura do Reitor da UFF e a ação da Polícia Militar no Campus Valonguinho. Não podemos permitir que a PM ocupe nossas universidades, muito menos para reprimir os movimentos sociais. Como professor universitário e parte deste movimento, coloco meu mandato de parlamentar do PSOL a disposição das lutas dos professores, funcionários e estudantes da UFF e fico solidário com o Comando Unificado de Greve.

Brasília, 26 de outubro de 2005

Babá Deputado Federal (PSOL/RJ)

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