Onze bebês morreram numa maternidade no intervalo de uma semana em Sergripe

Na Maternidade Hildete Falcão Batista (MHFB), em Aracaju no intervalo de uma semana morreram 11 bebés recém –nascidos.

 As mortes ocorreram do dia 21 deste mês até ontem (27). A Secretaria Estadual de Saúde de Sergipe descartou, nesta segunda-feira, que a morte de bebês tenha sido provocada pela existência de um surto de infecção hospitalar.

Segundo a secretaria, três tipos diferentes de bactérias comuns em ambientes de UTI causaram as infecções, o que descaracteriza o surto. Teríamos um surto se todas as crianças tivessem sido acometidas por uma mesma bactéria. Das 11 mortes, cinco realmente foram causadas por algum tipo de infecção", disse o médico Gilberto Santos, coordenador da Atenção Hospitalar de Sergipe.

Nos demais casos, conforme George Caldas, coordenador-geral da maternidade, as mortes foram causadas por situações que nada têm a ver com infecção.

"Os óbitos foram decorrentes de síndromes genéticas, malformações congênitas e prematuridade extrema. Todos eram bebês prematuros, inclusive um deles tinha apenas 630 g. Por ser uma maternidade destinada às gestações de alto risco, 60% dos bebês que ali são atendidos já chegam com algum risco infeccioso", afirmou.

Segundo Santos, não há motivo para pânico e as mães podem continuar utilizando a Maternidade Hildete Falcão normalmente. Santos disse que o local passou por desinfecção. Os partos foram transferidos a outro hospital da região durante o final de semana. De acordo com Santos, o índice de mortes na maternidade está dentro do normal. Até ontem, haviam sido registradas 23 mortes apenas neste mês. Em junho foram 23, e em julho, 16.

A Maternidade Hildete Falcão é especializada na assistência de recém-nascidos prematuros, de baixo peso e advindos de gestação de risco.

Entretanto o Ministério Público de Sergipe instaurou procedimento administrativo para apurar as mortes. A promotora Míriam Machado disse que já solicitou relatório sobre o caso à secretaria. A maternidade foi investigada por uma equipe do Ministério da Saúde pela morte de sete prematuros em um intervalo de dois dias, em julho de 2004.

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