Atrasos no aeroporto de Buenos Aires impedem que milhares de pessoas consigam viajar

Devido aos atrasos dos vôos da companhia aérea Aerolíneas Argentinas nos aeroportos do país vizinho milhares de passageiros protestam. Desde ontem, atrasos no aeroporto doméstico Jorge Newbery de Buenos Aires impedem que milhares de pessoas consigam viajar, segundo a Folha Online.

O gerente-geral da Aerolíneas, Julio Alak, disse, segundo a agência de notícias argentina Infobae, que o overbooking (número de passagens vendidas superior aos assentos disponíveis) feito pela empresa espanhola Marsans provocou problemas nas saídas dos vôos e os horários devem ser normalizados ao longo da semana.

Um dos passageiros disse à Infobae que a empresa informou ter problemas técnicos; outro passageiro disse ter ouvido de um funcionário da empresa que faltam aviões para cumprir os horários programados.

Alak, por sua vez, disse à Rádio 10 que a Aerolíneas se deparou "com uma grande venda de passagens e uma frota reduzida de aviões". "A maioria das aeronaves está fora de serviço por falta de manutenção", afirmou.

No aeroporto, os passageiros protestavam aos gritos contra os funcionários da empresa, que não respostas para acalmar os ânimos. "A presença de um gerente da companhia elevou os protestos, principalmente da parte de um grupo de turistas brasileiros que iam para Bariloche", diz reportagem do diário argentino "Clarín".

Na manhã de hoje, segundo o "Clarín", já haviam sido registrados atrasos em 28 vôos e o cancelamento de outros seis. Ontem, 33 vôos registraram atrasos e quatro foram cancelados.

Um dos passageiros, com passagem para Ushuaia (3.500 km ao sul de Buenos Aires) ouvidos pelo jornal disse que seu vôo já estava atrasado há mais de cinco horas e não havia sinal de quando poderia partir. Alak disse que ontem foi "o dia mais crítico do ano".

Os atrasos prejudicaram a volta do cantor Zeca Pagodinho de uma viagem a San Carlos de Bariloche. A assessoria do músico informou que ele teve de esperar mais de quatro horas para sair de Bariloche e depois mais de uma hora e meia para sair de Buenos Aires. O vôo também era da Aerolíneas Argentinas.

Por telefone, Zeca disse que em momento nenhum recebeu informações sobre o que ocorria; que o tratamento dado pela tripulação da companhia --em espanhol ou inglês-- foi grosseiro; e que, durante parte da espera, ficou proibido de usar o banheiro ou beber água.

Até às 11h45 (em Brasília) a Aerolíneas ainda não havia divulgado nenhum comunicado sobre os atrasos em sua página na internet.

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