Desocupação em queda

Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE Base: Janeiro de 2006

No início de 2006, a taxa de desocupação foi estimada em 9,2% ante 8,3% em dezembro de 2005. Esse resultado é reflexo da redução de trabalhos temporários e o retorno à procura de trabalho. Apesar do aumento, esta estimativa ainda é o segundo menor resultado da série. Na comparação com janeiro de 2005 (10,2%), a taxa caiu 1,0 ponto percentual. Regionalmente, na comparação com dezembro de 2005, não houve alta nas regiões metropolitanas de Salvador e do Rio de Janeiro, onde o potencial turístico ajuda a retardar a dispensa de trabalhadores temporários.

Na passagem de dezembro para janeiro, o contingente de ocupados caiu 1,1%, o que representa cerca de 232 mil postos de trabalho a menos.

O emprego com carteira de trabalho assinada ficou estável em relação a dezembro de 2005. Entretanto, em um ano, foram criados cerca de 492 mil postos de trabalho com carteira de trabalho assinada, ou seja, um aumento de cerca de 6,4% em relação a janeiro de 2005. Já o contingente de trabalhadores por conta própria apresentou redução de 148 mil pessoas na comparação mensal.

Na comparação mensal, o grupamento dos Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), com perda de 104 mil pessoas, foi o único a apresentar variação significativa no contingente de ocupados. Outro destaque é a tendência de crescimento nos últimos meses do grupamento voltado à terceirização, principalmente na comparação anual deste indicador. Frente a janeiro de 2005, a variação em Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira foi de 7,1%.

Quanto ao rendimento médio real habitualmente recebido, o valor estimado foi de R$ 985,90, o que representa queda de 1,2% na comparação mensal. Em relação a janeiro de 2005, o quadro foi de recuperação no poder de compra do trabalhador (2,3%).

TAXA DE DESOCUPAÇÃO

A redução de trabalhos temporários e o retorno à procura de trabalho são os principais fatores que sempre acarretam aumento da taxa de desocupação em janeiro. No início de 2006, este quadro não foi diferente: a taxa de desocupação, para o agregado das seis regiões pesquisadas, foi estimada em 9,2% ante 8,3% em dezembro de 2005. Apesar do aumento, esta estimativa ainda é o segundo menor resultado da série. Na comparação com janeiro de 2005 (10,2%), a taxa continuou menor.

Regionalmente, na comparação com dezembro de 2005, foi observada variação significativa em Belo Horizonte, com a taxa passando de 7,0% para 8,1%, em São Paulo (de 7,8% para 9,2%) e em Porto Alegre (de 6,7% para 7,7%). Nas demais regiões, houve estabilidade. Frente a janeiro de 2005, duas regiões apresentaram redução neste indicador: Belo Horizonte (de 9,8% para 8,1%) e São Paulo (de 11,1% para 9,2%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

POPULAÇÃO OCUPADA

O contingente de ocupados, estimado em 20,0 milhões em janeiro de 2006, apresentou queda na comparação com dezembro. Na comparação com janeiro de 2005, o quadro foi de alta, sendo observado crescimento de 2,6%, ou seja, aumento de 510 mil pessoas.

Regionalmente, na comparação mensal, apenas Belo Horizonte (-2,5%) e Porto Alegre (-2,6%) não apresentaram estabilidade nesta estimativa. Frente a janeiro de 2005, houve aumento no número de pessoas ocupadas em Salvador (3,1%), Belo Horizonte (5,0%), São Paulo (2,7%) e Porto Alegre (2,8%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

Considerando o nível da ocupação1 (50,8%), como se esperava, os resultados apontaram queda nesta estimativa (-0,7 ponto percentual), na comparação mensal, em função da dispensa de trabalhadores temporários. Frente a janeiro de 2005, não houve mudança significativa. Entre as regiões, na comparação mensal, o quadro foi de estabilidade, com exceção para Belo Horizonte (-1,2 ponto percentual) e Porto Alegre (-1,3 ponto percentual). Em relação a janeiro de 2005, apenas a Belo Horizonte apresentou expansão no nível de ocupação (1,5 ponto percentual).

Em janeiro de 2006, a pesquisa mostrou que os homens representavam 56,1% da população ocupada, enquanto as mulheres, 43,9%. A população de 25 a 49 anos representava 63,3% do total de ocupados. A pesquisa revelou também, que o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo era de 51,7%.

O tamanho do empreendimento é outra característica observada pela pesquisa, que estimou em 57,3% a proporção de pessoas trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas. Nos empreendimentos de 6 a 10 pessoas ocupadas, esta proporção era de 6,4%, e naqueles com no máximo 5 pessoas ocupadas, 36,3%.

Segundo a PME, 47,7% da população ocupada cumpria jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 34,9%, acima de 45 horas semanais. Em média, 67,7% dos trabalhadores, nas seis regiões pesquisadas, tinham aquele trabalho há, pelo menos, 2 anos; 12,2% entre 1 ano e menos de 2 anos; 18,3% entre um mês e um ano e apenas 1,8% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês.

Análise dos resultados com relação aos principais grupamentos de atividade

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 17,4% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No enfoque regional, houve alteração significativa apenas em Salvador: na comparação mensal, houve queda de 8,5% e, em relação a janeiro de 2005, crescimento de 15,0%.

Construção, 7,3% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados ficou estável. No enfoque regional, em ambas as comparações, nenhuma das regiões metropolitanas pesquisadas apresentou variação.

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, 19,8% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável em ambas as comparações. No âmbito regional, todas as regiões tiveram estabilidade nas duas comparações.

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 14,4% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável em relação a dezembro de 2005 e apresentou variação de 7,1% frente a janeiro de 2005. Regionalmente, nenhuma região apresentou movimentação em relação a dezembro de 2005. No confronto com janeiro de 2005, Recife (14,0%), Belo Horizonte (9,1%) Rio de Janeiro (7,4%) e Porto Alegre (22,0%) tiveram variação.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,5% da população ocupada. Foi registrada alteração significativa no contingente de ocupados apenas na comparação anual (4,5%). No âmbito regional, em relação a dezembro de 2005, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Na comparação anual, verificou-se alteração apenas em Recife (12,8%).

Serviços domésticos, 8,2% da população ocupada. O contingente de ocupados manteve-se estável na comparação mensal. Em relação janeiro de 2005, houve alta de 5,5%. Regionalmente, frente a dezembro de 2005, o quadro só não foi de estabilidade em Recife (10,9%). Em relação a janeiro de 2005, houve alteração apenas São Paulo (11,6%).

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), 16,8% da população ocupada. O contingente de ocupados apresentou queda de 3,0% na comparação mensal. Em relação a janeiro de 2005, o quadro foi de estabilidade. No enfoque regional, na comparação mensal, o quadro só não foi estável em Recife (-7,7%). Na comparação anual, houve queda em Recife (-10,2%) e no Rio de Janeiro (-5,8) e alta em Belo Horizonte (10,4%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado1, 41,6% da população ocupada. Em relação a dezembro de 2005, o contingente de trabalhadores ficou estável. Frente a janeiro de 2005, houve variação de 6,4%, ou seja, um aumento de aproximadamente 492 mil pessoas. Na análise regional, apenas Porto Alegre (-3,9%) teve alteração na comparação mensal. Frente a janeiro de 2005, variaram Belo Horizonte (13,9%), Rio de Janeiro (6,4%), São Paulo (5,0%) e Porto Alegre (7,4%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado1, 15,2% da população ocupada. Esta estimativa manteve-se estável em ambas as comparações. Regionalmente, na comparação mensal, apenas Belo Horizonte variou (-10,4%). Na comparação anual, houve estabilidade em todas as regiões.

Trabalhadores por conta própria, 18,8% da população ocupada. Na comparação mensal, houve redução no contingente de trabalhadores (-3,8%). No confronto anual, o quadro foi de estabilidade. Entre as regiões, na comparação mensal, apenas Rio de Janeiro (-4,1%) e São Paulo (-5,3%) tiveram alteração. Na comparação anual, não houve alteração em nenhuma região.

PESSOAS EM IDADE ATIVA (PIA)

Em janeiro de 2006, a PME estimou um contingente de aproximadamente 39,3 milhões de pessoas em idade ativa (pessoas de 10 anos ou mais de idade) no agregado da seis regiões metropolitanas. Em relação a dezembro de 2005, o quadro ficou estável, no entanto, em relação a janeiro de 2005, houve aumento de 1,8% (709 mil pessoas em idade ativa). Em janeiro de 2006, as mulheres representavam 53,3% da população em idade ativa, enquanto os homens, 46,7%. A população em idade ativa estava distribuída, segundo a faixa etária, da seguinte forma: 9,2% de 10 a 14 anos; 5,9% de 15 a 17 anos; 14,8% de 18 a 24 anos; 44,2% de 25 a 49 anos e a população de 50 anos ou mais, 25,8%. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, representava, em janeiro de 2006, 18,8% da PIA.

PESSOAS ECONOMICAMENTE ATIVAS (PEA)

Em janeiro de 2006, para o agregado das seis regiões pesquisadas, o contingente de pessoas na força de trabalho foi estimado em 22,0 milhões, apresentando estabilidade em relação a dezembro. Frente a janeiro de 2005, houve aumento de 1,6%. Regionalmente, o contingente de pessoas economicamente ativas, na comparação com dezembro de 2005, apresentou estabilidade em todas as regiões metropolitanas pesquisadas. Na comparação com janeiro de 2005, Recife (4,8%), Belo Horizonte (3,1%) e Porto Alegre (3,6%) apresentaram movimentação nesta estimativa.

Por gênero, constatou-se que os homens representavam, em janeiro de 2006, a maioria da população economicamente ativa (55,1%). Já a distribuição da população economicamente ativa por faixa etária foi a seguinte: 0,3% estavam na faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,4%, de 15 a 17 anos; 18,1%, de 18 a 24 anos; 61,7%, de 25 a 49 anos e 17,5%, de 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, representava, em janeiro de 2006, 20,2% da PEA.

Dentre os economicamente ativos, 46,3% eram os principais responsáveis pelo domicílio.

Não foi observada movimentação da taxa de atividade2 (56,0%) em ambas as comparações e, regionalmente, tanto na comparação mensal quanto na anual, o quadro foi de estabilidade neste indicador.

PESSOAS DESOCUPADAS (PD)3

A redução de trabalhos temporários e o retorno à procura de trabalho são alguns dos principais fatores que habitualmente acarretam aumento da taxa de desocupação estimada em janeiro. Na comparação com dezembro de 2005, houve aumento de 10,8% no contingente de desocupados. Entretanto o total de desocupados (2,0 milhões) foi menor que o estimado em janeiro de 2005 (2,2 milhões).

Regionalmente, na comparação com dezembro de 2005, houve aumento no contingente de desocupados em Belo Horizonte (14,6%), São Paulo (17,7%) e Porto Alegre (13,7%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade. Frente a janeiro de 2005, houve movimentação em Recife (31,1%), Belo Horizonte (-14,6%), São Paulo (-17,0) e Porto Alegre (14,9%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

Em janeiro de 2006, as mulheres representavam 54,7% dos desocupados.

A pesquisa permite analisar a procura de trabalho em dois períodos: na semana de referência e no período de 23 dias anteriores à semana de referência. É interessante observar que normalmente a procura na semana de referência representa em torno de 85% do total. Em dezembro de 2005, esta proporção caiu para 74%, retornando em janeiro de 2006 ao patamar regular, estimado em 84%, o que justifica a afirmativa da redução da procura na última semana do ano em função do período festivo.

Outros destaques sobre o perfil dos desocupados em janeiro de 2006

Entre os desocupados, por faixa etária, 8,2% tinham de 15 a 17 anos; 38,7%, de 18 a 24; 46,1% de 25 a 49 anos e 6,5% tinham 50 anos ou mais.

Observou-se, ainda, que 21,1% estavam em busca do primeiro trabalho e 26,8% eram os principais responsáveis pela família. Em relação ao tempo de procura, os dados mostram que 24,9% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 41,6%, por um período de 31 dias a 6 meses; 8,6%, por um período de 7 a 11 meses; e 25,0%, por um período de pelo menos 1 ano.

Quanto à escolaridade, em janeiro de 2003, 39,0% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído; em janeiro de 2004, o percentual era de 42,2%; em janeiro de 2005, chegou a 46,1% e, em janeiro de 2006, atingiu 48,5%.

POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA)

A população inativa, não classificada pela pesquisa como ocupada e nem como desocupada, foi estimada, para o total das seis regiões metropolitanas investigadas em janeiro de 2006, em 17,3 milhões. Este indicador apresentou estabilidade em relação ao mês de dezembro de 2005. Na comparação com janeiro de 2005, foi observado aumento de 2,1%, ou seja, 364 mil pessoas.

Alguns destaques sobre o perfil das pessoas não economicamente ativas (PNEA)

Na PNEA, 63,9% eram mulheres e 36,1% homens, enquanto que entre os economicamente ativos, as mulheres representavam 44,9%, e os homens, 55,1%.

As populações com menos de 18 anos e com 50 anos ou mais de idade representavam 31,0% e 36,5%, respectivamente, da população não economicamente ativa. Entretanto, apenas 2,7% e 17,5%, respectivamente, da PEA.

No contingente da PNEA, 16,2% gostariam de trabalhar e estavam disponíveis para trabalhar. Entretanto, somente 6,3% trabalharam ou procuraram trabalho no ano anterior (marginalmente ligados à PEA). Em relação à escolaridade, 77,9% não tinham o segundo grau completo.

RENDIMENTO MÉDIO REAL4

Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor - INPC da respectiva região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

Para o agregado das seis regiões, a pesquisa estimou o rendimento médio real habitualmente recebido em R$ 985,90, o que representa queda de 1,2% em relação a dezembro de 2005. Na comparação com janeiro de 2005, o quadro foi de recuperação (2,3%).

Regionalmente, em relação a dezembro de 2005, houve queda nas seguintes regiões metropolitanas: Recife (-1,8%), Salvador (-2,9%), Rio de Janeiro (-1,2%) e São Paulo (-1,7%). Belo Horizonte foi a única região a apresentar recuperação no rendimento nesta comparação (0,9%). Em Porto Alegre, houve estabilidade.

Já na comparação anual, houve recuperação do poder de compra em quase todas as regiões: Recife (6,9%), Salvador (8,6%), Rio de Janeiro (2,5%), São Paulo (2,1%) e Porto Alegre (1,4%). Belo Horizonte, por sua vez, manteve-se estável.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL

No rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, foi verificada estabilidade, com o rendimento médio sendo estimado em R$ 975,40. Entre as regiões, Recife (-2,4%), Salvador (-4,7%), Belo Horizonte (-0,6%) e Porto Alegre (-3,1%), apresentaram queda nesta estimativa. Em São Paulo (0,8%), houve recuperação no rendimento desta categoria e no Rio de Janeiro, o quadro ficou estável.

No rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi assinalada queda, com o rendimento médio sendo estimado em R$ 680,30 em janeiro de 2006 ante R$ 688,77 em dezembro de 2005 (variação de -1,2%). Recife (4,8%), Rio de Janeiro (5,3%) e Porto Alegre (6,5%) tiveram ganho no rendimento, enquanto em Salvador (-3,0%), Belo Horizonte (-3,6%) e São Paulo (-4,9%), o quadro foi de perda.

No rendimento da categoria dos trabalhadores por conta própria, a variação foi de -2,3%, com o rendimento médio passando de R$ 814,83 para R$ 796,40. Todas as regiões metropolitanas apresentaram redução do rendimento nesta forma de inserção no mercado de trabalho: Recife (-9,9%), Salvador (-3,6%), Belo Horizonte (-0,6%), Rio de Janeiro (-1,4%), São Paulo (-1,8) e Porto Alegre (-0,5%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL

No rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 975,40, foi registrada estabilidade em relação a janeiro de 2005. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de Salvador (3,4%) e do Rio de Janeiro (1,4%) tiveram ganho no rendimento, enquanto em Recife (-1,3%), Belo Horizonte (-1,8%) e Porto Alegre (-0,9%), foi verificada perda. Em São Paulo, o quadro permaneceu estável.

Na categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, o rendimento apresentou recuperação (4,3%), passando de R$ 652,47 para R$ 680,30. Os trabalhadores do Rio de Janeiro (10,9%), de São Paulo (5,2%) e de Salvador (6,8%) tiveram recuperação no rendimento. Já em Recife (-3,2%), Belo Horizonte (-1,0%) e Porto Alegre (-4,7%) foi verificada perda no rendimento.

Na categoria dos trabalhadores por conta própria, o rendimento apresentou recuperação, passando de R$ 753,24 para R$ 796,40. Foi registrada recuperação nas seguintes regiões: Salvador (16,0%), Rio de Janeiro (6,2%), São Paulo (8,6%) e Porto Alegre(4,0%). Já Recife (-2,0%) e Belo Horizonte (-6,1%) tiveram perda no rendimento.

Análise do rendimento médio dos trabalhadores por grupamento de atividade

Na comparação com dezembro de 2005, verificou-se:

estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores dos grupamento de atividade da construção; alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (3,7%) e de serviços domésticos (0,9%);

queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-1,4%), serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (-3,1%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-0,8%) e outros serviços (-4,8%).

Frente a janeiro de 2005, foi verificada:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores das seguintes atividades: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (9,8%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,4%), serviços domésticos (6,4%) e outros serviços (2,1%);

queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos: construção (-7,5%), comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-0,6%) e serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (-1,8%).

1 Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

2 Proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade.

3 Foram classificadas como desocupadas por não estarem trabalhando, estarem disponíveis para trabalhar na semana de referência e terem tomado alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

4 Rendimento habitualmente recebido.

Ricardo Bergamini [email protected] www.rberga.kit.net

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