Executiva traça estratégias para as eleições

O encontro, coordenado pelo presidente nacional do partido, o ex-senador José Serra, contou com a presença de diversos dirigentes tucanos e debateu as estratégias da legenda para as eleições municipais de 2004.

"Sentimos uma ventania boa soprando para o PSDB. Nas eleições de 2000 elegemos 987 prefeitos. Estamos trabalhando com, no mínimo, a expectativa de manter esse teto", afirmou José Serra. CARTILHA - Entre as ações em curso estão levantamentos preliminares sobre o cenário político-eleitoral nos municípios mais importantes e seminários em que prefeitos tucanos discutirão com candidatos do partido experiências administrativas bem-sucedidas. O PSDB também elaborará uma cartilha para fornecer aos candidatos tucanos a prefeito e a vereador orientação eleitoral e jurídica.

José Serra destacou que as questões municipais dominarão o debate para as eleições de 2004, mas assuntos de alcance nacional também serão abordados. "O desemprego, por exemplo, é um tema que certamente estará presente. O governo do PT, passado mais de 25% de seu mandato, mostrou que não tem nenhuma política definida para a geração de postos de trabalho ou para qualquer outra área. O PSDB, ao contrário, deverá apresentar propostas de combate ao desemprego, inclusive com medidas específicas para os municípios brasileiros", ressaltou. Antonio Carlos Pannunzio critica lentidão da reforma ministerial

A demora na definição da reforma ministerial é o símbolo maior de um partido que não planejou ocupar o Planalto, mas apenas ganhar as eleições presidenciais. A avaliação é do deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP). Ele comentou a dificuldade do governo Lula em acomodar os mais recentes aliados e a hesitação do presidente em demitir os "velhos amigos".

SEM RUMO - "Essa indefinição comprova que o país tem um governo sem rumo. É uma conseqüência do critério do fisiologismo na distribuição dos cargos", avaliou o tucano. Segundo ele, o ritmo lento do PT em mudar o cenário dos ministérios poderá representar a paralisia deste primeiro semestre. "Os ministros com a corda no pescoço não vão gerenciar as pastas. Os nomeados precisarão de um período de aprendizado. Se essa reforma não sair logo, corremos o sério risco de perder parte de 2004." Pannunzio criticou ainda as inúmeras viagens do presidente desde que assumiu o cargo. Amanhã, Lula embarca para a Índia. Depois, segue para a Suíça, onde participa de um seminário. "As ausências do presidente em momentos importantes para o país significam o imobilismo do PT em governar. Mais uma vez, ninguém sabe qual o real objetivo dessas visitas. A verdade é que Lula se transformou num grande turista", concluiu.

Barbosa quer cumprimento do Estatuto do Idoso

O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) manifestou preocupação com a possibilidade de o governo Lula descumprir as exigências do Estatuto do Idoso. Segundo editorial de ontem do jornal O Estado de S. Paulo, o Planalto não incluiu entre as despesas do orçamento deste ano os recursos necessários para custear os benefícios oferecidos pela lei. "O Executivo não pode alegar falta de caixa, já que o Estatuto do Idoso foi sancionado antes da elaboração do orçamento. Além disso, o governo participou de todas as reuniões sobre a nova lei. Inclusive, até festa o Planalto promoveu", lembrou o tucano.

CPI da Terra começa a trabalhar só após convocação

A CPI Mista da Terra inicia os trabalhos na segunda quinzena de fevereiro, logo depois do período de convocação extraordinária do Congresso. Composta por 11 senadores e 11 deputados federais, a comissão deverá propor um modelo alternativo para a reforma agrária no Brasil, com mais justiça e sem violência, segundo o senador Álvaro Dias (PR), que presidirá os trabalhos OBJETIVO - Instalada no fim do ano passado, a comissão de inquérito tem como objetivos investigar a aplicação dos recursos públicos na reforma agrária, os assentamentos irregulares, a grilagem de terras e também a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "A investigação é necessária porque há denúncias de superfaturamento na desapropriação de áreas, desvios de recursos públicos em assentamentos e invasões violentas", declarou Alvaro Dias.

O vice-líder do PSDB no Senado disse ainda que o Brasil vive um processo de desenvolvimento da agricultura que não pode ser comprometido pela insegurança no campo. "A CPI deverá estabelecer uma legislação moderna, permitir entendimentos entre segmentos sociais e os governos federal, estaduais e municipais para que a reforma agrária aconteça com eficiência", explicou Alvaro.

Para Yeda, governo é incapaz de honrar acordos

A deputada Yeda Crusius (PSDB-RS) afirmou que o Planalto assume compromissos mas é incapaz de honrá-los. Ela se referia à PEC paralela, apresentada pelo governo a fim de convencer os senadores a aprovar a reforma do sistema previdenciário. "Ao propor a PEC paralela, o PT pensou que os prazos poderiam ser encurtados na Câmara, assegurando sua aprovação ainda durante a convocação extraordinária. Mas se esqueceu de que a Câmara é independente e não concordaria em analisar essa matéria de maneira tão apressada", afirmou.

Azeredo cobra repasse da Cide aos estados

O senador Eduardo Azeredo (MG) cobrou do governo federal a edição de medida provisória referente à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Segundo o acordo fechado no final do ano passado entre governo e oposição, 25% dos recursos desse tributo devem ser destinados aos estados para investimento na melhoria das rodovias.

Azeredo citou uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Transportes em 2003 que mostra o estado caótico das rodovias. "Em Minas, a situação é dramática, pois esse levantamento aponta que 85,1% das estradas do estado são consideradas deficientes, ruins ou péssimas. É maior que a média nacional."

Lúcia Vânia condena lentidão do PT na crise da Parmalat

A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senadora Lúcia Vânia (GO), cobrou do governo federal "medidas duras e corajosas" em relação à crise Parmalat que, segundo ela, ameaça produtores de vários estados, inclusive de Goiás, onde a cadeia produtiva de leite emprega 220 mil pessoas. A senadora alertou que em Goiás os pagamentos atrasados ainda não têm previsão de serem quitados. "São R$ 6 milhões. Imaginem o efeito dominó que uma dívida dessa envergadura provoca na economia da região, no setor de transporte e até mesmo no pequeno comércio", avaliou.

Feijó cobra medidas para aquecimento da economia

O deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ) exigiu, por parte do governo petista, a adoção de ações concretas para a retomada do crescimento econômico. Segundo o tucano, em 2003 o setor empresarial sustentou a economia brasileira praticamente sozinho, durante um período em que o Palácio do Planalto "promoveu um dos mais duros arrochos dos últimos anos". "A política de restrição ao consumo e a investimentos patrocinada pelo governo Lula provocou um desaquecimento em todos os setores de produção de bens e fez as vendas do comércio desabarem", avaliou o tucano.

Fogo Amigo

"Mantenho minha posição contra essa convocação. Meu governo errou." -Presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), criticando a decisão do Planalto de convocar o Congresso em caráter extraordinário para votar principalmente a PEC Paralela da Previdência. No entanto, essa matéria ficou de fora na lista de prioridades da Câmara.

PSDB

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