Berzoini: Reforma da Previdência é fundamental

"Nós conseguimos uma vitória importante, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, com a aprovação de 44 votos em favor da constitucionalidade da proposta, e acreditamos que na sociedade o apoio é muito amplo", disse.

O ministro reconheceu que existem resistências daqueles que se sentem atingidos e que olham apenas, no momento, para o eventual prejuízo ou redução de direitos que possam sofrer. Ele disse ainda que as pessoas que estão insatisfeitas têm oportunidade de manifestar a sua posição.

Para Berzoini, porém, esses setores não estão vendo a situação grave que o sistema tem hoje, com a sua inviabilidade orçamentária, no período próximo. "O fundamental é que o governo está buscando uma estratégia de permanência na previdência dos servidores públicos e que nós possamos, principalmente, garantir que no futuro não haja necessidade de outras reformas que venham causar dificuldades políticas", afirmou ele, ressaltando que a proposta é "suave perante o tamanho do problema".

Fundamental Segundo Berzoini, a reforma da Previdência é fundamental para evitar problemas irreversíveis. "O fato é que nós não podemos, e isso creio que fala muito forte à população como um todo, ter um sistema previdenciário em que são necessários todos os anos R$ 23 bilhões para subsidiar a aposentadoria de 950 mil pessoas, na União, ou de R$ 14,5 bilhões para subsidiar a aposentadoria de aproximadamente de 1,5 milhão de pessoas nos Estados", enfatizou.

O ministro disse ainda que o Brasil toma consciência, a cada ano, da importância de um Orçamento justo, que não concentre recursos para as minorias e que possa ser utilizado para reduzir o esforço social do país. "Hoje o nosso Orçamento está engessado, é um orçamento medíocre, e um dos motivos, não é o único, é a previdência do setor público, que é totalmente desequilibrada", afirmou.

Berzoini acrescentou que a maioria da classe trabalhadora filiada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não será afetada pela reforma, a não ser com o aumento do teto das aposentadorias para R$ 2.400. "Esses trabalhadores não sofrerão mudanças, porque o INSS, embora tenha essa massa toda de trabalhadores, não está desequilibrado como está o sistema dos servidores", disse.

Inadiável Em entrevista hoje em Cuiabá, onde participou da abertura do Fórum Estadual sobre o Plano Plurianual, o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) afirmou, por sua vez, que a reforma da Previdência é uma agenda inevitável. Ele lembrou que o déficit da Previdência chegará a R$ 60 bilhões em dez anos se nada for feito. "Precisamos discutir isso fraternalmente. Não há solução indolor", disse.

Segundo a Agência Brasil, o ministro rebateu as críticas segundo as quais a reforma da Previdência levaria à privatização do sistema. "Não há um único passo que privatize a Previdência. Ao contrário, o que se quer é uma reforma para a Previdência pública", disse.

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