Oposição com Humor

Quando o líder do partido no Senado não tira o sono do presidente, o presidente do partido cuida para que isso aconteça, fatalmente. Numa declaração no mínimo curiosa, o presidente José Genoino disse à imprensa que o PT não quer ser apenas um apêndice do governo, mas quer também o direito de opinar, de participar, de decidir. E o eleitor achando que tinha votado para eleger Lula. Engano, elegeu um colegiado.

MST quer a parte que lhe cabe

Vem do MST do Nordeste a mais nova ameaça de intranqüilidade para a comunidade, e aborrecimento para o governo que não cuida da política agrária. João Paulo Rodrigues, coordenador do MST na Região manda dizer ao Planalto que ainda este mês e em abril deverá intensificar o número de ocupação de terras. Segundo ele, os companheiros do PT no governo estão confundindo as coisas, e a política agrária do governo Lula não funciona. Palavras do líder do movimento ao jornal O Globo de hoje: "amizade, amizade, negócios à parte. Somos aliados, mas nos problemas que afligem o povo ficamos com o povo e não com o governo". Taí uma afirmação que pode gerar expulsão ou advertência do partido.

No início era ruim, agora está pior

Copiando a frase de um jornalista veterano, se no começo era o caos, ainda estamos no começo. O país, de norte a sul, em todos os seguimentos sociais, começa a manifestar uma indisfarçável sensação de desconforto e receio pelos rumos que as coisas começam a tomar, em todos os setores. A área econômica, aquela que move todas as engrenagens do país, mais uma vez dá sinais de fragilidade, falta de comando e passa a ser alvo, dentro do próprio governo, de toda as críticas e restrições. É fácil constatar isso, basta ler os jornais de hoje. Em todos eles, com linhas coerentes de informação, o ministro Palocci está sendo literamente fritado pelos assessores mais próximos ao presidente Lula. Na lista dos "muy amigos" do ministro estão Ciro Gomes, Jaques Wagner, José Genoino, Guido Mantega e Aloísio Mercandante. Há outros, mas só esse elenco já basta para preocupar o mercado, assustar o investidor e manter vivo aquele medo que o eleitor sentia antes da eleição. E, pelo visto, continua.

OAB quer mais ação do governo

Historicamente nesse país, em tudo que a OAB se envolve, opina e participa, traz resultados concretos. Alguma coisa acontece, mesmo que, em alguns casos, o resultado esteja longe de ser o esperado. Mas acontece, sempre. Agora a OAB entra no episódio Waldomiro, e sugere ao governo federal que afaste o ministro José Dirceu do cargo, até que as investigações terminem. Sugere ainda uma CPI para o caso e cobra mais ação do governo. O presidente da OAB, Roberto Antônio Busato acha a situação do ministro delicada, e acredita também que ele perdeu totalmente a credibilidade para ficar no cargo. O governo, espera-se, dará uma resposta a OAB.

Um nome a zerar

Lula demonstrou contrariedades ao saber das estripulias do menino Zeca envolvendo liberação de verbas públicas. Parlamentares aliados também ficaram insatisfeitos ao saberem que Zeca tinha mais autoridade e prestígio que os próprios, já que Zeca teve tantos "pleitos atentidos" e eles ficaram à míngua. Na avaliação de Lula, "Dirceu precisa tomar muito cuidado na posição em que está, sob pena de afetar a própria imagem e, por tabela, a do governo".

PSDB

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