Fora todos os corruptos!

A cada dia surgem novas evidências de que o mensalão realmente existiu, ou existe. O ex super poderoso Dirceu caiu, dirigentes importantes do PT renunciaram, indícios envolvem os líderes do PL, PP, PMDB e PTB. O PSDB e o PFL também não escapam pois as relações do poder público com o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, vem desde o governo FHC, que já havia comprado votos para a sua reeleição. Foram confirmados saques milionários nas contas do publicitário – que ele não explicou na CPI – em datas próximas a votações importantes para o governo, como a reforma da previdência e a blindagem de Henrique Meirelles. A República está podre!!

O PT escolheu o caminho do vale tudo, rendendo-se ao balcão de negócios da política feita através de negociatas. A decepção e a indignação tomam conta do povo. O grito FORA TODOS OS CORRUTOS está engasgado na garganta dos brasileiros. O P-SOL entende que é necessário traduzir este grito em mobilização popular. É preciso exigir mudanças profundas no sistema político brasileiro: acabar com o financiamento privado das campanhas eleitorais milionárias, com o sigilo bancário e fiscal dos políticos e empresários que tem relações com o poder público, com a utilização dos cargos públicos como meio de intermediar recursos para os partidos e suas campanhas, com as verbas milionárias para a publicidade das estatais. É preciso criar mecanismos de participação e controle popular sobre os destinos do país, como plebiscitos e referendos que impeçam a continuidade do estelionato eleitoral cometido pelos políticos que se elegem e traem seus compromissos, como foi o caso do governo Lula.

As instituições estão apodrecidas. O governo Lula, distanciado dos interesses do povo, implementa políticas que só beneficiam os banqueiros. Agora discute uma proposta do ex ministro da ditadura Delfin Netto, de cortar ainda mais os gastos com educação e saúde para garantir os juros aos banqueiros, que só em um dia recebem mais do que o governo investe em 3 meses! Os deputados vendem seus votos e aprovam o que o governo quer, como a reforma da previdência e a blindagem do corrupto Meirelles. O P-Sol já solicitou a suspensão dos efeitos destas votações até que as investigações sobre o mensalão sejam concluídas. Elas deveriam ser anuladas. Enquanto isso o Poder Judiciário fecha os olhos, como fechou para as maracutais de Collor, Jader Barbalho e Maluf, todos absolvidos na Justiça mas condenados pelas evidências de corrupção. Só os ladrões de galinha vão para as celas imundas dos presídios superlotados. Esta CPI pode acabar assim também se não houver pressão.

O P-SOL convoca a unidade de todos os que estão pela punição de todos os corruptos, por mudanças na política econômica e em defesa das lutas dos trabalhadores, especialmente dos servidores públicos que neste momento estão em greve, para irmos às ruas em defesa do país e da dignidade do nosso povo.

CHEGA DE CORRUPÇÃO E DE ATAQUES AOS INTERESSES POPULARES!!

Luciana pede supensão dos efeitos das Votações sob suspeita

Em nome da bancada do PSOL, Luciana encaminhou na quarta 6, ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Severino Cavalcante, solicitando que ele envie ao Supremo Tribunal Federal pedido para que sejam suspensos os efeitos das votações que estão sob suspeita no Congresso Nacional. Para Luciana, até o término das investigações das denúncias de corrupção que apontam para o pagamento de mensalão a parlamentares, nenhuma das votações ocorridas na Câmara tem legitimidade. .

Inúmeros saques na conta das empresas do Sr. Marcos Valério foram feitos, segundo informações do COAFI e publicadas pela Agência Reuters, às vésperas ou pouco tempo após as votações. Matérias importantíssimas, como a reforma da Previdência, que prejudicou imensamente os trabalhadores do serviço público do país, foram votadas sob a suspeição de “compra de parlamentares”, circunstância inadmissível para que uma medida entre em vigor. Os efeitos da reforma da Previdência devem ser suspensos até que se conheçam os nomes dos Deputados que venderam seus votos — votos decisivos para os resultados dessa votação.

Veja a seguir, a relação das votações e dos saques coincidentes:

· Reforma tributária, aprovado em segundo turno na Câmara em 24 de setembro de 2003; saques efetuados nos dias 23, 25 e 26 de setembro. Total: R$ 1,212 milhão. A matéria é modificada no Senado em 17 de dezembro de 2003; constam saques nos dias 17 e 19 de dezembro. Total: R$ 470 mil.

· Medida Provisória do salário mínimo, aprovada pela primeira vez na Câmara em 2 de junho de 2004. A matéria é votada novamente na Câmara em 23 de junho, depois de ter sido modificada no Senado. Saques totais na primeira votação: R$ 500 mil. Na segunda votação: R$ 200 mil.

· Medida Provisória que concedeu status de ministro ao presidente do BC, aprovada na Câmara em 1º de dezembro de 2004. Saques nos dias 29 e 30 de novembro do mesmo ano. Total: R$ 480 mil.

· Medida Provisória dos Bingos (editada após o episódio Waldomiro Diniz proibindo o funcionamento de bingos no país). Foi aprovada pela Câmara em 30 de março de 2004. O saque foi feito em 29 de março. Total: R$ 200 mil. A MP foi rejeitada no Senado.

· Reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno pela Câmara em 5 de agosto de 2003. Saque em 6 de agosto: R$ 200 mil. Aprovada em segundo turno pela Câmara em 27 de agosto de 2003. Saques entre os dias 25 e 26 de agosto. Total: R$ 200 mil. No Senado, a matéria é aprovada em 26 de novembro de 2003. Há saques nos dias 26 e 27 no valor total de R$ 400 mil. Aprovada em segundo turno no Senado em 11 de dezembro de 2003. Saque de R$ 120 mil em 10 de dezembro.

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