P-SOL decide impulsionar mobilização nacional

Diante da gravíssima crise política que se avoluma no país, a direção nacional do P-SOL, em reunião no dia 26 de junho no Rio de Janeiro, decidiu impulsionar um processo de mobilização nacional com o objetivo de buscar uma saída de caráter popular, de acordo com os interesses e as exigências da maioria do povo brasileiro.

As graves denúncias, os fatos e relevantes indícios acompanhados das primeiras provas de corrupção se sucedem de maneira cada vez mais intensa e irrefutável na imprensa, colocando as instituições políticas do país, especialmente o Congresso Nacional e o núcleo do governo federal, em indiscutível situação de suspeição diante da opinião pública. O P-SOL considera que a corrupção sistêmica é subproduto da continuada aplicação dos planos de ajuste econômico preconizados pelo FMI a serviço dos interesses do capital financeiro e dos grandes grupos econômicos que agridem cada vez mais intensamente as necessidades do país, da maioria da população e, particularmente, das classes trabalhadoras. A continuidade e o aprofundamento desta opção econômica, adotados e reafirmados intransigentemente pelo governo Lula, somam-se à completa integração do PT a um regime político decadente através do qual os círculos dominantes do grande capital e as oligarquias políticas controlam o aparelho de Estado, os governos e as maiorias parlamentares eleitas sob a promíscua influência do poder econômico. As denúncias do mensalão revelam a todo o país que os processos eleitorais, as grandes decisões do governo, as principais votações do parlamento - destacando-se a Reforma da Previdência – se constituíram em verdadeiro balcão de negócios que, através da corrupção, garante em primeiro plano os interesses dos banqueiros, de grandes empresas e de verdadeiras gangs que saqueiam os cofres públicos.

A Direção Nacional do P-SOL conclama a unidade de ação de todas as forças que queiram combater tais políticas, exigir a punição de todos os corruptos e corruptores e impedir que o governo Lula imponha mais sacrifícios econômicos à maioria da população brasileira.

Isso é ainda mais necessário quando líderes fundamentais do governo federal, entre eles o ministro Palocci, o homem forte do governo Lula, reúnem-se com Delfim Neto para discutir novas e draconianas medidas de ajuste econômico contra o povo.

Diante de todas essas questões, apresentamos a proposta de realização de um ato nacional como parte da construção de uma série de iniciativas que visem mobilizar o povo em defesa dos seus interesses. Concretamente, apresentamos a todas as forças políticas e sociais que se reivindicam como defensoras dos interesses do país e dos trabalhadores, bem como as que se proclamem contrárias à corrupção, para esta ação nacional comum. Nossa proposta é de ato nacional para o final de julho, no Rio de Janeiro. Tal ato político deve ter três eixos que marquem o perfil e o caráter da ação: 1) Combate à corrupção, cuja síntese pode ser dada pelo chamado: “Fora todos os corruptos”; 2) Fim do plano econômico neoliberal do governo Lula; 3) Todo apoio às reivindicações e lutas dos servidores públicos, especialmente à sua greve nacional. Com estas três bandeiras chamamos a mais ampla unidade dos que queiram fazer um ato nacional que deve ser organizado, convocado e realizado o mais rápido possível.

PSOL

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