Ministra holandesa visita Mercado Floresta

Principal apoiador do Mercado Floresta, o governo da Holanda vem ao Mercado Floresta representado pela ministra interina do Comércio Exterior, Maria van der Hoeven, acompanhada de sua comitiva e da missão comercial holandesa de aproximadamente 40 empresários de diferentes setores. Além do desembarque na feira, as comitivas oficial e comercial visitam outras regiões do país, entre São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, até 12 de novembro. Van der Hoeven realiza palestra no Mercado Floresta na segunda-feira (7/11), às 10h15.

O Mercado Floresta é a maior feira de negócios dedicada a produtos florestais sustentáveis já realizada no País e acontece de 5 a 8 de novembro na Oca do Ibirapuera, em São Paulo. Num mesmo espaço estarão disponíveis as melhores alternativas de utilização sustentável das florestas brasileiras, desde pequenas experiências de extrativismo realizadas por comunidades tradicionais até grandes empreendimentos em áreas como matérias-primas para cosméticos ou exploração madeireira com certificação de manejo. O objetivo é mostrar que há alternativas viáveis ao desmatamento e às queimadas que tem devastado nossa biodiversidade e comprometido a sobrevivência da população local.

O grupo de compradores da Royal Friesland Foods, multinacional da área de alimentação com base na Holanda, que opera na Europa, Oriente Médio, Ásia e África, é uma das empresas da comitiva holandesa a visitar o Mercada Floresta com interesse em negociar o fornecimento de polpas e sucos nativos da Amazônia brasileira. A principal razão da visita é a existência, na feira, de uma área temática sobre frutas e, no espaço gastronômico, de uma ilha de degustação específica para sucos.

O capital da empresa é de origem cooperativa. Com um faturamento de 4.6 bilhões de dólares por ano e 18 mil funcionários (12.500 dos quais fora da Holanda) é líder de mercado na Europa no setor de sucos de fruta para classe A. Possui também uma avançada política ambiental e para o desenvolvimento sustentável.

Relação comercial promissora

Tradicional porta de entrada para as mercadorias brasileiras na Europa, a Holanda busca o fortalecimento das relações comerciais com o Brasil há décadas. Importantes acordos bilaterais foram assinados em diferentes momentos da história, como o Acordo Comercial de 1937, o Acordo sobre Cooperação Econômica e Industrial de 1980, e o Entendimento na Área de Veterinária e Saúde Animal de 1998. No comércio internacional, porém, o Brasil leva vantagens significativas, tendo exportado US$ 5,9 bilhões para a Holanda em 2004, e importado somente US$ 619 milhões.

Os interesses dos empresários holandeses concentram-se em bio-energia e energia renováveis, agroindústria e equipamentos, ensino superior, inclusive na área de logística, transportes e navegação. Já os principais produtos comprados pela Holanda no Brasil tem origem agrícopecuária tradicional (como soja e carnes diversas), mas também origem florestal como o cacau, as frutas frescas e madeira. O Brasil também possui na Holanda seu maior mercado na Europa, sendo o país-destino de 6,1% das vendas externas brasileiras.

De outro lado, a Holanda coloca-se como importante fornecedor para o Brasil de produtos de óleo diesel, medicamentos de uso humano e de uso veterinário, produtos químicos, aparelhos médicos, dragas, batatas e máquinas diversas. Já os últimos dados do Banco Central do Brasil sobre investimentos por país de origem, mostram que a Holanda tem investido e re-investido no Brasil um valor acumulado de US$ 25 bilhões, ou 14% de todos os investimentos e re-investimentos estrangeiros no país.

Organizada em conjunto pela Agência de Comércio Exterior dos Países Baixos e as Redes Diplomática e Econômica da Holanda no Brasil, a missão holandesa participa também de um Trade Dinner em São Paulo, visita à Bienal de Arquitetura, à FIESP, ao Porto de Santos e a Embraer; em Brasília segue para os Ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de Educação e de Ciência e Tecnologia; e no Rio de Janeiro, além de encontros com autoridades e instituições locais como FIRJAN, BNDES e FCCE, a ministra participa do Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos.

Maura Campanili Mercado Floresta

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