Obras de unificação das bacias do Rio São Francisco

O ministro Ciro Gomes, da Integração Nacional, visitou na manhã desta quinta-feira, 2, as lideranças de economistas do país, durante a Reunião do Sistema Conselho Federal de Economia e presidentes dos Conselhos Regionais (COFECON/CORECONs), na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília, ocasião em que discorreu minuciosamente acerca de temas nacionais e sobre o Projeto de Integração das Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco, do Governo Federal.

Na ocasião, o presidente do COFECON, economista Synésio Batista da Costa, entregou ao ministro um documento de apóio ao projeto, coordenado por seu Ministério, contendo assinaturas de 20 conselheiros Federais e 18 presidentes de Regionais, em nome de 60.000 economistas brasileiros. O documento solicita o “imediato início das obras”

Segundo o ministro, “a manifestação dos líderes nacionais dos economistas qualifica e realça o esforço do Governo Federal”. Ciro argumentou que o Nordeste Setentrional sofre há anos com a escassez crônica de água e com a irregularidade das chuvas e que o Governo pretende, com este projeto, “oferecer segurança hídrica às populações das pequenas, médidas e grandes cidades do Nordeste Setentrional - de forma sustentável e sem prejuízo ambiental”.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O Nordeste Setentrional situa-se ao norte da bacia do São Francisco, engloba os Estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, parte de Pernambuco (Agreste e Sertão) e parte de Alagoas. “Nesta região, disse o ministro, a disponibilidade hídrica é inferior ao mínimo de 1.500 m3 por habitante/ano, estabelecida pela Organização das Nações Unidas”. Abaixo disto, segundo ele, “ter qualidade de vida torna-se inviável”.

Ciro Gomes também afirma haver disponibilidade hídrica para tocar o projeto. Dados apresentados por ele dão conta que “a vazão média do rio em sua foz é de 2.850 m3/s; a vazão firme na foz é de 1.850 m3/s; a vazão mínima - que pode ser também chamada de vazão ecológica, abaixo da barragem de Sobradinho - é de 1.350 m3/s”.

Todo o consumo atual de água na Bacia do rio, incluindo os projetos de irrigação, é de 91 m3/s. A vazão disponibilizada pelo Plano Decenal da Bacia para os diferentes usos da água do rio é de 360 m3/s. A previsão mais otimista aponta que, em 2025, todo o consumo de água da Bacia do São Francisco, incluindo todos os projetos de irrigação, representará 262 m3/s. Assim, em 2025, ou seja, daqui a 20 anos, haverá uma vazão disponível excedente de 98 m3/s.

APOIO

Na opinião dos líderes dos economistas, pela palavra do presidente do COFECON, “é emblemático entender esse projeto, pois assim é possível compreender o papel da água em um amplo projeto de desenvolvimento sustentável”.

O documento entregue ao ministro Ciro Gomes por Synésio Batista da Costa ressalta, ainda, que “o uso indiscriminado dos recursos não renováveis pode levar todo o planeta a um colapso e, conseqüentemente, inviabilizar a vida”.

Todos os 26 presidentes CORECONs e os 29 conselheiros Federais do COFECON estiveram presentes ao encontro, procedentes de todos os Estados da Federação.

O ministro Ciro Gomes, atendendo convite do presidente do COFECON, almoçou com os economistas ao final do encontro.

Rita de Cássia Arruda

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