Deputado denuncia pacto por impunidade no ES

O deputado estadual Cláudio Vereza (PT-ES) denunciou hoje um pacto pela impunidade que envolve vários deputados na Assembléia Legislativa do Espírito Santo. O petista criticou a sessão de ontem na Assembléia Legislativa, que elegeu o deputado e ex-jogador da seleção brasileira Geovane Silva (PTB) para a presidência da Casa.

Hoje, o Ministério Público ou o próprio PT podem entrar com recurso para anular a sessão, pois a eleição passou por cima de um mandado da Justiça que suspendia cinco deputados acusados de terem recebido R$ 30 mil cada um para reeleger o ex-deputado José Carlos Gratz (PFL) à presidência da Assembléia em 2000.

"Foi uma vitória da era Gratz. Tudo continua como no tempo de Gratz, com os esquemas da Assembléia Legislativa que foram rejeitados pela população na eleição", disse Vereza, que disputava a presidência da Assembléia lastreado na sua votação com mais de 37 mil votos, a maior do Estado, e num acordo firmado com o PL e o PPB.

Traição

O deputado petista, apesar de a eleição ter sido secreta, denuncia a traição do PL e do PPB. "Infelizmente alguns deputados fizeram um pacto pela impunidade. Fomos traídos pelo PL e o PPB. O PL negociou em Brasília o formação de uma chapa com o PT. Genoino [presidente nacional do PT] negociou o acordo com o senador Magno Malta [PL-ES] e o deputado federal Bispo Rodrigues [PL-RJ]. Nós garantimos para o PL a primeira secretaria da Mesa", declarou Vereza.

A traição dos deputados na eleição de ontem provocou a revolta de populares que acompanharam a sessão. A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada para retirar à força os manifestantes.

Vereza denuncia também que a própria segurança da Assembléia colaborou para que a decisão da Justiça fosse desrespeitada. "A segurança da Assembléia impediu que dois promotores e um oficial de Justiça entregassem a decisão da Justiça que suspendia o voto de cinco deputados", disse o parlamentar petista.

Geovane Silva teve sua eleição assegurada com o voto de cinco deputados acusados de terem recebido R$ 30 mil cada um para reeleger o ex-deputado Gratz em 2000. Foram suspensos os deputados Gilson Gomes (PFL), José Tasso de Andrade (PTC), Sérgio Borges (PMDB), Gilson Amaro (PPB) e Marcos Gazzani (PGT). Os cinco só receberam a decisão da Justiça ao final da sessão.

Fonte: www.pt.org.br

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