HAITI MUÇULMANO

Na Itália, contudo, o Brasil era mera força de apoio mas no Haiti, está liderando a força de paz. Após a queda do presidente Jean Bertrand Aristide, os norte-americanos perderam o interesse pelo Haiti e o presidente George W. Bush telefonou para o presidente Lula prometendo-lhe que se o Brasil assumisse a liderança da força de paz, seria quase certa sua inclusão no Conselho de Segurança da ONU com um assento permanente. Lula acreditou e enviou os nossos “mariners” tupiniquins para o Haiti. . A situação estava sob controle e o exército brasileiro tinha apenas que organizar distribuição de alimentos entre a população faminta e evitar saques. No entanto, agora surge uma nova ameaça: os simpatizantes do ex-presidente Jean Bertrand Aristide que estão promovendo táticas de guerrilha, o que está colocando o exército brasileiro e seus aliados à prova. Isto pode ainda, transformar amigos em inimigos, pois uma vez que os brasileiros têm a amizade e o respeito da população haitiana por conta de sua tradição pacífica e, principalmente, por aquele país admirar a seleção nacional de futebol do Brasil, o que foi demonstrado na receptividade que houve na partida ali realizada em agosto e também na comemoração que houve quando a seleção obteve o título mundial em 1994. No entanto, quando algum soldado brasileiro ferir ou matar algum haitiano toda esta admiração pode vir abaixo. A questão é: porque o exército norte-americano que exilou o presidente Jean Bertrand Aristide não permaneceu no Haiti? Porque os norte-americanos já tinham países demais para se preocupar e não poderiam se engajar em mais uma campanha em um país tão insignificante. O que precisava ser feito já havia sido feito. O presidente Jean Bertrand Aristide se mostrou incapaz de restabelecer a ordem em seu país face ao fato de simplesmente, não conseguir alimentar o povo. Então, o governo francês em face da ligação com o país, ofereceu-se para enviar uma força de paz. O presidente norte-americano George W. Bush, no entanto, disse não, pois os Estados Unidos devem ser os primeiros a oferecer ajuda a quem quer que seja. Mas havia um pequeno problema: Bush não costuma ajudar a líderes, mesmo aos legalmente constituídos. Sua especialidade, na verdade, consiste em removê-los do cargo. O exército norte-americano então, conduziu, gentilmente, o presidente Aristide, para seu exílio. Aristide alegou que foi seqüestrado, mas de acordo com as autoridades norte-americanas, isto “não fazia sentido”.

Então, uma vez removido o presidente do cargo, Bush percebeu que o Haiti não fazia parte do Eixo do Mal e nem mesmo tinha uma população muçulmana. Percebeu, também que, caso suas forças permanecessem naquele país, ficaria responsável pela alimentação do povo. Pensou então: “Já que o presidente brasileiro está tão preocupado em diminuir a fome no mundo, ficará feliz em assumir esta responsabilidade”. E com um refinamento adicional, ofereceu um assento permanente no Conselho de Segurança. Há um pequeno problema no entanto: Caso Bush não seja reeleito, o acordo que Lula fez, morrerá com ele.

O Haiti necessita urgentemente, de ajuda internacional assim como a Somália, Uganda, Ruanda, Serra Leoa, etc... Mas não é sempre dessa forma? Quando esta ajuda vem em dinheiro, quase sempre se transformam em mansões ou carros de luxo para alguns membros do governo ou ainda armamentos, similar ao que acontece com a verba destinada aos programas assistenciais do governo brasileiro. A questão é: Porque o Haiti assim como alguns países da África estão continuamente, necessitando de ajuda internacional? Porque a realidade destes países é tão diferente dos países do primeiro mundo? Simplesmente porque há incompetência administrativa.

A ajuda internacional, desta feita, deve vir acompanhada da nomeação de um gerente internacional capaz de administrar e fiscalizar a distribuição dos fundos, bem como criar meios para o soerguimento do país por seus próprios meios, como foi o caso de Paul Bremer, no Iraque do pós-guerra. A diferença é que se a mesma coisa ocorresse no Haiti, a administração estrangeira seria bem vinda, uma vez que a fome seria saciada. Todavia, embora o presidente dos EUA, tenha removido o presidente haitiano do cargo, como fez com Saddam Hussein, sua atitude com relação ao país foi diferente. È óbvio, o Haiti não possui nada que o interesse. Existe apenas uma população faminta que precisa ser alimentada. Talvez se a população do Haiti adotasse o islamismo como religião e patrocinasse a volta do ditador Baby Doc que tambpem se converteria ao islamismo. Então, talvez, o Haiti se tornasse interessante para Bush.

Jose Schettini Petrópolis BRASIL

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