Angola: Doença do Sono afecta milhões

A tripanossomíase, vulgarmente conhecida como a doença do sono, poderá atingir cerca de quatro milhões de angolanos se prevalecer a falta de meios para o combate da doença. O alerta foi anunciado por Josenando Teófilo, director do Instituto de Combate e Controle da tripanossomíase (ICCT), em declarações à Rádio Naciona de Angola.

Uma picada da mosca tsé-tsé é o suficente para o desenvolvimento e alastramento da doença de sono.

Segundo especialistas, trata-se de uma doença mortal, se não for tratada convenientemente ou se o tratamento for tardio. Os seus sintomas são muito idênticos aos da malária e da gripe, caracterizando-se por febre, que afeta principalmente as mulheres e as crianças.

Josenando Teófilo garantiu ainda que em condições normais, seria possível erradicar à doença em apenas de cinco anos: « desde que esses meios sejam disponibilizados, já é possível não ter a doença do sono em Angola em 2008».

As populações habitantes em zonas consideradas endémicas poderão ser as mais afectadas, segundo as autoridades sanitárias do país.

As estimativas oficiais admitem que possam existir no país entre 80 e 120 mil pessoas infectadas pela doença do sono, que já afeta sete das 18 províncias angolanas. Em Outubro 2000, as autoridades indicavam que a doença do sono atingia 6.366 aldeias de 263 comunas, em 79 dos 164 municípios angolanos.

Os dados do ICCT revelam que 1998 foi o ano com o maior número de casos, com 8,5 mil pessoas infectadas.

Fonte: Africa Hoje

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