Seca cria problemas

George Bush gasta duzentos bilhões de dólares numa guerra sem qualquer lógica enquanto em África, crianças morrem de sede porque não têm uma rede básica de sanitação e de fornecimento de água. Com os rios a secarem e os lagos a desaparecerem, se a humanidade não resolver essa questão, e já, haverá uma catástrofe nos próximos cem anos.

Um exemplo para todos verem hoje é Angola. Na província de Huíla, no sul, tensões étnicas criadas pela falta de água levaram a uma explosão de violência em que quatro pessoas morreram e pelo menos nove ficaram feridas. As províncias Huíla, Cunene e Namibe, no sul do país, tiveram uma falta de chuva este ano, que provocou uma seca que afecta 1,5 milhões de cabeças de gado, sobre os quais a vida de milhares de nómadas depende.

Fontes locais culpam a prática dos latifundiários locais extenderem seus terrenos por reclamar grandes áreas de terra comunitária, aumentando a extensão das suas fazendas e fazendo com que os nómadas têm menos espaço para seu gado pastar. Em tempos de fartura, não se sente tanto mas quando há falta de água, o gado morre.

Os pontos de abastecimento de água providenciados pelo governo secaram e os nómadas não têm outra alternativa senão utilizar os terrenos que foram reclamados pelos latifundiários.

A violência em Huíla eclodiu quando um grupo de pessoas das etnias Muvakahona e Mucubal tiveram uma discussão sobre o alegado roubo de gado.

Mesa sem pão, todos ralham e ninguém tem razão. Hoje é uma questão já resolvida entre poucas pessoas numa província no sul de Angola. Amanhã poderá ser bastante mais grave.

Acácio BANJA PRAVDA.Ru LUANDA ANGOLA

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