Jomo Fortunato, em Moscovo

Tudo só tem sido possível graças ao empenho da missão diplomática angolana na Rússia, configurada na personalidade do seu Embaixador – General Roberto Leal Monteiro “Ngongo”- uma figura de forte dinamismo e propensão cultural, que vem apostando no prestígio dos angolanos que se destacam na criação artística e na investigação no domínio da cultura.

“Angola Etnias e Nação”, foi tema de debate, no ano 2000, e teve como oradores a Professora Amélia Mingas, o ensaísta Luís Kandjimbo o Professor Victor Kajibanga e a historiadora Rosa Cruz e Silva. A discussão em torno da vida e obra de Agostinho Neto aconteceu em 2001, e teve como principais animadores o Dr. Domingos Peterson, o Dr.Artur da Silva Julio e Carlos Belli Bello.

As Jornadas literárias de Angola levaram à Rússia, em 2002, os escritores, Pepetela, Uanhenga Xitu e Roderick Neone para discussão da génese da literatura angolana, do alembamento e da dimensão política da literatura. Uma brochura contendo as comunicações do debate à volta do tema “Angola: Etnias e Nação”, realizado em 2000, foi lançado em 2003. As artes plásticas angolanas têm sido um dos domínios de referência promocional da Missão Diplomática angolana na Rússia. A exposição de Álvaro Maciera, com o projecto “África Mitológica”, decorreu no 2000. Van e Gumbe estiveram representados, em 2001, numa exposição conjunta denominada “Formas e Cores”.

Em 2002 foi a vez de se juntarem Kidá e Vitó para uma amostra colectiva em homenagem ao Viteix. Gonga e Marcela Costa denominaram “Vertentes Artísticas” a uma exposição realizada em 2003.

Na música destacaram-se as presenças do Duo Canhoto, em 2000, e os Irmãos Kafala, em 2001. O Ballet Nacional deu a conhecer a sua coreografia, em 2000, em vários espectáculos que atrairam investigadores, dançarinos russos e demais interessados.

Em 2001 a cinematografia angolana visitou a Rússia com o Filme Sambizanga, de Sara Moldoror, e Nelisita do Ruy Duarte de Carvalho.

Este ano a Semana do Livro Angolano na Rússia está integrada na Feira Internacional do Livro de Moscovo, constituindo um momento de um vasto progama alusivo às jornadas comemorativas do 17 de Setembro, dia do Herói Nacional, Agostinho Neto.

Angola está presente na Feira de Moscovo com cerca de 350 títulos que vão desde o romance, a poesia, â litertura infanto-juvenil, incluindo títulos de ensaio no domínio da investigação em ciencias sociais e humanas, representada pelo INALD, Kilombelombe e a editora Chá de Caxinde. O acto inaugural da Feira Internacional do Livro de Moscovo, ocorrido no dia 1 de Setembro, contou com a presença do Embaixador Angolano e seus conselheiros, diplomatas e importantes figuras da política, da religião e da vida cultural russa.

Do extenso programa da semana angolana fez parte um encontro entre editores russos, angolanos e de outras nacionalidades, visita da comunidade diplomática angolana ao stand de Angola, montado na feira, um encontro do Embaixador de Angola com figuras da cultura e representantes da comunicação social russa.

No domínio do cinema exibiu-se o filme “A cidade Vazia”, da realizadora Maria João Nganga, e os professores Jomo Fortunato e Abreu Paxe, animaram os debates em torno da “Música Popular Angolana: contribuições para sua reconstituição histórica”- uma abordagem peridiológica dos momentos mais marcantes da música angolana- e da “Situação do movimento editorial angolano”, respectivamente.

A realização de uma “Exposição das exposições”, perpectivando o balanço, que reunirá os cinco anos de promoção das artes plásticas angolanas na Rússia, e demais actividades culturais são os grandes projectos para 2005, segundo palavras de Tó Bragança- Adido de Imprensa e Cultura.

Embaixada de Angola, Moscovo

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