Brasil: Controle da inflação

Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o controle da inflação, por intermédio da política monetária, tem se refletido positivamente no aumento da massa salarial, no crescimento do emprego e do consumo das famílias e no incremento da renda do trabalhador.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3% em 2006 (até novembro) e a projeção do BC é de que a inflação feche o ano em 3,1% - 2,59 pontos percentuais menores que o índice de 2005 e 4,5 pontos percentuais inferiores à registrada em 2004.


Conforme o BC, este será o terceiro ano consecutivo de cumprimento da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O sucesso da política monetária também tem reflexos no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). As projeções do banco mostram continuidade do crescimento do país com uma aceleração a partir de 2007. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atesta que o país cresce há 12 trimestres seguidos, fato pela primeira vez verificado desde que o instituto passou a divulgar os resultados trimestrais do PIB, no início dos anos 1990.


O objetivo da política monetária é controlar a inflação e mantê-la dentro da meta, o que contribui para o crescimento de médio e longo prazo, incrementa o investimento, permite que as famílias tomem decisões de prazos mais longos, favorece a tomada de crédito com prazo mais alongado e aumenta o consumo das famílias, explica o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua.

Incremento na renda
De janeiro a outubro de 2006, a renda do brasileiro cresceu 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Já na comparação entre outubro de 2006 e o mesmo mês em 2005, houve incremento de 5,4% na renda do trabalhador.


Outro indicador importante influenciado pelo controle da inflação é a taxa de criação de emprego. Nos últimos três meses houve recuo do desemprego no Brasil e em 2006 (até novembro), o número de postos de trabalho formais criados subiu 4,9% em comparação com 2005. Este ano, já foram registrados 1,546 milhão de novos empregos com carteira assinada, conforme informações do Caged/Ministério do Trabalho.


A política monetária do BC também tem contribuído para o aumento da massa salarial que cresceu 8,4% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período de 2005. Com esse índice, 2006 será o terceiro ano consecutivo de crescimento da massa salarial no Brasil. Essa seqüência positiva não era registrada desde 1997.


Já o consumo das famílias apresenta crescimento há 12 trimestres seguidos, de acordo com pesquisa do IBGE. No terceiro trimestre deste ano (último período apurado pelo instituto), o consumo das famílias atingiu R$ 290,5 bilhões, uma variação positiva de 0,5% em relação ao segundo trimestre de 2006. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de 3,4%.


Outro dado positivo é a redução da taxa básica de juros (Selic). De acordo com Afonso Bevilaqua, a taxa de juros real é conseqüência da manutenção da inflação sob controle. Atualmente, a taxa praticada (13,25%) é a menor desde que a Selic foi criada em 1979. A Selic, por exemplo, serve de base para as taxas praticadas por bancos e lojas na tomada de empréstimos e estabelecimento de crediários.

Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República

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