Encontro Xingu Vivo: Explicação

1- O episódio envolvendo o representante da Eletrobrás foi um fato lamentável, porém isolado e acidental.

2- A organização do evento não tem como se responsabilizar pelo comportamento dos que se sentiram atingidos no decorrer das exposições e debates.

3- A comissão organizadora não armou e nem comprou armas como podem sugerir as imagens veiculadas pela televisão. O que ocorreu foi que um membro de uma das organizações envolvidas no evento comprou apenas três facões juntamente com outras ferramentas, que foram utilizadas na montagem dos acampamentos dos índios.

4- Na fase preparatória ao evento, a comissão organizadora notificou a Polícia Militar e Federal por escrito e visitou o comandante da Policia Militar local solicitando segurança para o evento.

5- Os Kaiapó sempre carregam consigo facões, bordunas, arcos e flechas quando saem de suas aldeias para participar de eventos fora. Os facões, mais conhecidos em toda a Amazônia como terçados, foram incorporados pelos índios Kaiapó, especialmente pelas mulheres, como parte do seu equipamento do dia-a-dia, no manejo das roças e outras atividades. Conheceram esses facões por ocasião dos primeiros contatos com os brancos a partir dos anos 1950. Os próprios sertanistas do governo federal - do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e depois da Funai - davam esses facões como “brindes” para "atrair e pacificar" os Kaiapó durante as expedições de contato. Hoje, a própria Funai continua providenciando a reposição de grande parte desses terçados. Os índios também aproveitam eventuais visitas às cidades vizinhas de suas reservas para comprar terçados novos.

6- Transformar e divulgar o infeliz incidente ocorrido com o funcionário da Eletrobrás como único destaque do Encontro, exclui o conjunto de reivindicações que as populações indígenas, extrativistas e ribeirinhas, movimentos sociais estão fazendo em relação ao futuro da Bacia do Xingu.

Assinam:

Articulação de Mulheres Brasileiras

Articulação de Mulheres Paraenses

Associação Floresta Protegida do povo Kayapó

Associação das Mulheres Agricultoras do Assurini

Associação de Mulheres Agricultoras do Setor Gonzaga

Associação dos Moradores do Médio Xingu

Associação dos Moradores da Resex do Iriri

Associação dos Moradores da Resex Riozinho do Anfrisio

Associação Indígena Kisedje - povo Kisedje (Parque Indígena Xingu)

Associação Pró-Moradia do Parque Ipê

Associação Pró-Moradia do São Domingos

Associação Yakiô Panará - Povo Panará

Associação Yarikayu - povo Yudja (Parque Indígena Xingu)

ATIX – Associação Terra Indígena Xingu (Parque Indígena Xingu)

CJP- Comissão de Justiça e Paz

Conselho Indigenista Missionário (CIMI)

Prelazia do Xingu

CPT- Comissão Pastoral da Terra

FAOR – Fórum da Amazônia Oriental

FASE

FETAGRI- Federação dos Trabalhadores na Agricultura Regional Altamira

Fórum de Direitos Humanos Dorothy Stang (FDHDS)

Fórum Popular de Altamira

Fundação Elza Marques

Fundação Tocaia

Fundação Viver Produzir e Preservar (FVPP)

Fundo DEMA

Grupo de Mulheres do Bairro Esperança

GTA- Nacional

Grupo de Trabalho Amazônico Regional Altamira (GTA)

Instituto Socioambiental – ISA

International Rivers – Brasil

IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

LAET- Laboratorio Agroecologico da Transamazônica

Mutirão pela Cidadania

MAB- Movimento dos Atingidos por Barragem

STTR-Altamira

Pastoral da Juventude

S.O.S. Vida

Sindicato das Domésticas de Altamira

Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – SINTEPP

Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade - MMTACC

MMCC- Movimento de Mulheres do Campo e Cidade –Pará

Movimento de Mulheres do Campo e Cidade Regional Transamazônica e Xingu

Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense

SDDH- Sociedade Paraense dos Direitos Humanos

MNDH- Movimento Nacional dos Direitos Humanos

MMM- Movimento de Mulheres Maria Maria

SOS Corpo

Instituto Feminista para a Democracia

www.socioambiental.org

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