Tributo a resistência dos povos da Amazônia

Tributo a resistência dos povos da Amazônia

 

Do progresso que mata e destrói as ciências para  o "Vivir Bien"

  

Universidade Federal do ACRE - UFAC

  

Rio Branco, 23 a 25 de julho de 2014

  

No período de 22 a 27 de julho do corrente, a UFAC sediará a 66ª Reunião Anual da SBPC, cujo tema é: "Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras". Uma vez mais, os clamores em prol do "desenvolvimento científico" e do "progresso" para solucionar os "problemas da Amazônia", presidirão a pauta dos meios de comunicações dominantes.

 

Ademais de um cenário marcado pela intensiva instrumentalização do discurso científico - para fins de legitimação das adaptações instituídas sob os cânones  da  "economia verde" - acelera-se a destruição em larga escala. O enorme desastre produzido pelas hidrelétricas no rio Madeira aparece como um dos exemplos mais emblemáticos dos nexos entre Ciência, Capital e Estado nessa fase atual de espoliação também na Pan Amazônia.

 

Sob essa perspectiva, a realização desse Tributo à Resistência dos Povos da Amazônia, simultaneamente à Reunião Anual da SBPC, nos parece bastante oportuna para aprofundar essas reflexões. Pretende-se, além de uma justa lembrança e homenagem às vitimas do "progresso", chamar atenção para outras perspectivas emancipatórias, como aquelas identificadas com a filosofia do "Vivir Bien".

  

  

PROGRAMA

  

Dia 23/07

- Manhã

8:30 h - Abertura  

João Lima (ADUFAC); Elder Andrade (NUPESDAO); NINAWA (FEPHAC); Pedro Casanova (As. FADEMAD-Peru); Manuel Lima (Comunidade trinchera-Bolivia); Jones Dari (ADUFGD); Amyra El Khalili (Aliança RECOs); Lucia Ortiz (Amigos da Terra Brasil)

 

-Tarde

 A destruição tem preço? Pode-se confiar nas garantias da Ciência? As revelações do megadesastre das hidrelétricas no rio Madeira.

  

Mesa 1: (15 h às 16:30) A dimensão da devastação da cheia amplificada pelas UHEs de Santo Antônio e Jirau: as vozes das comunidades na bacia do rio Madeira na Bolívia e no Brasil

Geovane da Costa Souza e Marcio Santana de Lima (Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB-RO); José Alves ( UFAC)

Mesa 2: (16:50 h às 18:40) A ciência a serviço do modelo neoextrativista e a ciência recíproca com a resistência social: Licenciamento fraudado e novos estudos do Madeira em questão

-Luis F. Novoa (UNIR); Philip Fearnside (INPA); Edna Castro (UFPA); Célio Bermann (USP); Jorge Molina (IHH/Bolívia)

 

Dia 24/07

- Manhã

 

9 h - A destruição tem preço? Pode-se confiar nas garantias da Ciência? Exploração petroleira (de Yasuni a Coari / Juruá); Mineração (de Carajás a Madre de Dios).

Lindomar Padilha (CIMI); Barbara Silva (militante da comunicação comunitária na Pan Amazônia), Raimundo G. Neto (CEPASP/Movimento dos Atingidos por Mineração); Simeon Velarde (Vanguardia Amazónica-Peru), Ana Patrícia (COMIN)

 

- Tarde

15 h -  Territórios indígenas e camponeses na mira da "economia verde"

Diego Cardona (Amigos da Terra Internacional); Lucia Ortiz (Amigos da Terra Brasil), Luiz Zarref (MST); Amyra El Khalili (Aliança RECOs); Ninawa (FEPHAC)

 

- Noite

Apresentação de documentários sobre a Amazônia.

 

Dia 25/07

  

- Manhã

9 h - "Economia verde" no Acre: apontamentos  preliminares da Missão realizada pela Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente  da Plataforma Dhesca

Cristiane Faustino (Plat. Dhesca); Luiz Zarref (MST); Dercy Teles (STTR de Xapuri); Maria de Jesus (UFAC)

 

- Tarde

15 h - Com ciências para o "Vivir Bien"

Fernando Heredia (CIPCA- Bolivia); Manuel Lima (Comunidade Trinchera-Bolivia); Maximiliano Ochante (UNAMAD-Peru); Gerson R. Albuquerque (UFAC); keã Huni Kui (Comunidade Huni Kui Hené Bariá)

- Noite

Show Musical "Zeitgeisten: música em tempos de cólera", com Sérgio Pacthouli e João Veras.

 

Local  do evento

Sede da ADUFAC - BR 364, Km 05

 

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