O PT e a eleição

Para muitos petistas, não só de Brasília, mas de todo o país, está aberta uma guerra sem tréguas na candidatura Dilma.

Parlamentares e dirigentes petistas temem uma derrota da ministra, e com isso interromperiam a meta de ficarem no poder doze anos, ao menos. Uma derrota em 2010 seria desastrosa. Mas a procura de um nome que garanta a permanência do partido no poder é cada dia mais difícil.

O Ministro da Justiça Tarso Genro é um candidato fraco, embora não seja esta sua visão. As diversas tentativas de convencer Aécio Neves, governador de Minas Gerais, do PSDB, não deram resultado. Aécio sabe que no PT pode fracassar, quando no PSDB terá, mais cedo ou mais tarde, vaga garantida na presidência.

Sempre que perguntado, o presidente Lula diz ser Dilma a sua candidata, mas uma vez comprovada a inviabilidade da candidatura de Dilma, Lula vai ser obrigado a mudar de posição. Ciro Gomes está queimado. Por um erro tolo conseguiu a antipatia do eleitorado feminino, que não é pequeno.

Os outros nomes do PT estão comprometidos judicialmente. Um desespero levou ao absurdo: uma outra candidatura de Lula. Em atitude absolutamente democrática, o presidente disse não. Em definitivo. Com uma longa história de lutas sindicais buscando a democracia, a conduta de Lula foi coerente. Nada de rasgar leis ou a Constituição.

O PT vai ter que lutar muito para manter seu sonho.

Jorge Cortás Sader Filho

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