Grupos do narcotráfico desatam violência no Panamá

Grupos do narcotráfico desatam violência no Panamá

Panamá, (Prensa Latina) Os recentes acontecimentos sanguinários suscitados em diferentes pontos do país geram hoje medo na população e preocupação nas autoridades panamenhas, quem afirmam que a violência provém de grupos organizados do narcotráfico.

Perante este panorama, o presidente Juan Carlos Varela; o ministro de Segurança, Alexis Bethancourt, e os diretores dos estamentos de segurança reiteraram seu compromisso com a luta frontal contra este problema.

Segundo estimativas das Agências de Inteligência Internacional, a produção de drogas beira mil toneladas métricas ao ano; porém, as atividades associadas à distribuição destas substâncias ilícitas resultam mais perigosas.

Essa situação gera o desenvolvimento de grupos locais, que somados aos cartéis internacionais de drogas são os responsáveis diretos por mais de 70% dos homicídios no país, explicou o texto.

Até agora no ano de 2017, as autoridades correspondentes apreenderam 64 toneladas de drogas no Panamá, sendo novembro o mês record ao contabilizar mais de nove.

A isso se somam as diferentes operações contra os cabeças do narcotráfico, com o objetivo de frear 'este problema que causa luto e dor às famílias panamenhas'.

Por isso, 'fazemos um chamado à população em áreas de risco, a que colaborem com as autoridades na investigação e apoiem os programas de prevenção implementados pelo Governo da República do Panamá', conclui o comunicado.

Segundo o ex-fiscal de drogas, Patricio Candanedo, a posição geográfica, sua proximidade ao maior produtor desta substância ilícita no mundo: a Colômbia, a circulação do dólar e suas facilidades de conexão fazem hoje do Panamá um lugar atraente para o narcotráfico.

Ao explicar o modus operandi, disse que estes grupos se apoiam nas ligas locais para custodiar e mobilizar sua droga, como é o caso de Viteri e do West Side, na caribenha cidade de Colón, que oferecem seu serviço ao cartel mexicano de Sinaloa.

Explicou que diferente do passado, em que existia um esquema de compartimentação entre os diferentes grupos ou redes para a atividade, hoje predomina a autonomia, o que dificulta o combate por parte das forças de segurança.

Candanedo adiantou que os narcotraficantes panamenhos ficam com 10 ou 15% do carregamento, o que provoca um comércio interno que gera golpes ou roubos aos revendedores e, paralelo a isso, uma maior incidência da criminalidade.

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