Mentira e falsificação: armas da campanha golpista na Venezuela

Mentira e falsificação: armas da campanha golpista na Venezuela

Nos EUA, a rede CNN usa sua programação para plantar falsidades e difamar o governo legítimo do presidente eleito Nicolás Maduro

Manipulação, mentira, falsificação têm sido a base da campanha midiática nacional e internacional usada para justificar e viabilizar um golpe de Estado na Venezuela, na tentativa de retornar no tempo e obter um governo serviçal aos EUA no país mais rico em petróleo do continente.

A rede norte-americana de TV CNN, que transmite 24 horas por dia em mais de 200 países, a colombiana NTN24, os principais jornais dos países imperialistas e seus propagadores, como os principais diários espanhóis e seus congêneres latino-americanos como o Clarín da Argentina, além, claro, dos "censurados" meios venezuelanos, têm executado a fraude informativa sem escrúpulos de falsificar a realidade, chegando a extremos que ficam entre o descaramento e o ridículo. Um dos exemplos mais grotescos é a foto em que aparecem supostos policiais impedindo "pacíficos estudantes" de protestar, usando os gorros de pele e a roupa de abrigo que os russos vestem no gelado inverno de lá.

Multiplicou-se a divulgação de fotos e vídeos de situações e fatos ocorridos em outras partes do mundo como se tivessem acontecido na Venezuela. Imagens do Egito, Espanha, Chile, Colômbia, Grécia, Singapura, Honduras e muitos outros países servem para que jornais e meios digitais ilustrem a situação da Venezuela, descrevendo o país como se estivesse à beira da guerra civil, precisando de uma intervenção estrangeira - norte-americana, claro - para poder resguardar os direitos humanos. O governo de Nicolás Maduro publicou na semana passada a revista 'Venezuela se respeita', na qual informa várias dessas arapucas.

A operação de falsificação estendeu-se às chamadas redes sociais, que atingem um grau razoável de divulgação, e onde a coleção de mentiras é espalhada por desavisados, mas também por mercenários que recebem para isso.

Fotografias de manifestações gigantescas que não se realizaram em Caracas, sequer na Venezuela, feridos e mortos que não correspondem a nenhum fato conhecido no país, torturas a pessoas presas circulam pela internet. Ao lado de mais uma mentira: Falta de liberdade de imprensa e expressão. Segundo dados do Ministério da Comunicação da Venezuela, atualmente 60% do espectro televisivo aberto é explorado por empresas privadas. Em 1998, antes da primeira eleição de Chávez, o número chegava a 80%. Nas rádios, as redes privadas são hegemônicas, o Estado só tem uma estação com alcance nacional e três estações em localidades estaduais. Na imprensa escrita, mais de 80% do total de jornais são de empresas privadas, a esmagadora maioria de oposição.

Washington e a direita venezuelana mais reacionária se empenham na tentativa do golpe de Estado como único recurso para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro porque o povo vem ratificando o projeto de mudanças implantado pelo comandante Hugo Chávez em 18 consultas eleitorais durante 16 anos. A última foi nas eleições de governadores e prefeitos de 8 de dezembro, quando o governo se impôs mais uma vez. Pela via democrática a possibilidade de derrotar o governo é nula.

Susana Santos

horadopovo

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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