Cuba e os Direitos Humanos, porque não?

António Freixo

Ao comemorar-se 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é conveniente analisar, uma vez mais a aplicação dos seus 30 artigos em Cuba, e a politica agressiva dos Imperialistas Norte-Americanos que tudo fazem para a impedir.

Ao longo de 50 anos, a questão dos Direitos Humanos em Cuba, tem sido utilizada pelos sucessivos governos dos E.U.A. como justificação para ataques comerciais, diplomáticos e militares contra Cuba, tudo tentando, com a utilização dos poderosos meios de comunicação ao seu dispor, mentindo e deformando a informação e acusando Cuba de não os respeitar.

Esta politica, foi definitivamente derrotada, dado que Cuba foi convidada a integrar o Conselho dos Direitos Humanos da ONU na Assembleia Geral das Nações Unidas em 9 de Maio de 2006, exactamente, contra a vontade de Washington.

Vamos então ao que se passa em Cuba, nesta matéria. Os Cubanos têm uma Pátria digna de ser admirada e enaltecida, uma história sem igual, que permite exemplo e esperança para outros Povos, têm uma Revolução maior que os seus artífices, um instrumento que mudou o passado, e permite construir e aperfeiçoar o futuro, já que na sua génese, ela estipula a mais estreita unidade dos Revolucionários com o seu Povo. Têm a Liberdade conquistada com sangue e coragem, desde o primeiro acto rebelde dos índios, que enfrentaram um domínio exterminador, até às lutas actuais para resistir ao hegemonismo Norte-Americano.

Têm a satisfação das necessidades e aspirações fundamentais, a amizade e a colaboração com outros Povos do Mundo, uma sociedade organizada em princípios nobres, são livres e iguais em direitos e dignidade, são fraternos entre si, mas também Internacionalistas, respeitam a vida, preferem morrer a ser escravos, odeiam e não praticam a tortura e maus tratos, de que foram vítimas durante séculos. São donos do seu País e de suas Leis, concebendo a sociedade Socialista que constroem, como obra assumida, consciente e voluntariamente. Têm a propriedade individual ganha com trabalho e suor, e a imensa riqueza colectiva de todos os bens estatais, dos quais são usufrutuários. Têm trabalho para todos, com direitos e deveres garantidos por organizações estatais, sindicais, sociais. A Segurança Social existe como complemento a um nível de vida digno.

Têm educação gratuita e universal, os serviços de saúde também gratuitos e altamente desenvolvidos, o desporto com excelentes resultados em alta competição, a cultura e a ciência acessíveis a todos. Eliminaram com a Revolução, a descriminação racial, o nepotismo, a descriminação contra a Mulher, a corrupção política.

Chegados a este ponto, alguém entende, a política dos E.U.A. em relação a Cuba? Este País que desde a Revolução Cubana tudo tem feito para asfixiar este Povo por intermédio de um abominável bloqueio condenado por toda a Humanidade. Não pretendem mais, que a aniquilação do Povo Cubano, para uma vez mais se tornarem Reis e Senhores deste País soberano.

As centenas de ataques contra a vida de Fidel Castro, o uso de armas químicas contra culturas e gado, a utilização de mercenários para espalhar a desordem, o caos na vida social e civil de Cuba, o apoio financeiro e logístico a organizações terroristas para efectuarem ataques em Cuba, a tentativa da criação da chamada”dissidência Cubana” financiada pelo Imperialismo Norte-Americano, para subverter a ordem constitucional estabelecida em Cuba, e tudo isto por terem sofrido uma derrota em Playa Giron em 1961? Chega a parecer patológico!

Acusam Cuba de impedir a prática do culto religioso, quando neste País existem 3 Arquidioceses, 8 Dioceses, 523 Igrejas, 2 seminários e 92 congregações religiosas católicas. Para além da religião católica, existem igualmente 54 evangélicas e protestantes, mais de 900 templos, 1600 casas de culto, 2 Igrejas Ortodoxas, 5 sinagogas, enfim todo um conjunto de locais de culto, que podem ser frequentados por todos os Cubanos que o pretendam.

Acusam Cuba de não haver eleições livres, quando o processo eleitoral em Cuba, é plenamente democrático e altamente participado. Os candidatos são propostos pela população, e não pelo Partido. É um sistema de democracia participativa, justa e livre.

Os mesmos que acusam Cuba de falta de direitos humanos, são os mesmos que apoiam outros Países, onde 900 milhões de pessoas têm fome, 800 milhões são analfabetas, onde existem crianças soldados, milhões mutiladas pelas guerras, trabalho infantil e escravo. Nada disto existe em Cuba, nem o Povo Cubano o permitiria algum dia.

Este País (E.U.A.) é o que ocupa ilegalmente uma parte do território Cubano, Guantanamo, onde existe um campo de tortura condenado internacionalmente. É neste País, que estão detidos injustamente desde 1998 os 5 Patriotas Cubanos, Gerardo, António, Fernando, Ramón e René, cujo único crime, foi terem impedido que se efectuassem actos terroristas contra Cuba, a partir do território dos Estados Unidos.

Por tudo isto, termino como comecei, falar de Direitos Humanos em Cuba, porque não?

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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