França indigitada para comandar o contingente de paz no Líbano

É muito provável a França assumir o comando do contingente de paz que ONU pretende enviar ao Libano, informa Ria-Novosti citando uma fonte diplomática da UE. Segundo a fonte se espera a França enviar para a fronteira entre o  Líbano e   Israel 5 000 militares.

Mesmo hoje o chefe das operações de manutenção da paz da ONU, Jean-Marie Guéhenno declarou que os primeiros soldados da Força Interina das Nações Unidas no Líbano ( FINUL) )chegarão ao sul do Líbano "dentro de uma dezena de dias".

"Espero que possamos ter muito rapidamente os primeiros reforços" da Força Interina das Nações Unidas no Líbano , como foi previsto na resolução 1701 da ONU, afirmou Guéhenno à estação de rádio francesa Europe 1.

"Eu ficaria feliz se dentro de uma dezena de dias pudéssemos ver chegar os primeiros elementos, porque isso seria muito bom sinal", acrescentou.

Referindo certos "problemas logísticos", Guéhenno sublinhou que "o verdadeiro problema é um problema político, é a decisão de cada país de colocar tropas sob mandato da ONU" no sul do Líbano.

O responsável da ONU disse esperar que a França, indigitada para comandar esta nova FINUL, venha a "desempenhar um papel importante" nessa força. Mas, acrescentou, "a França não quer ser a única, o que é normal".

Vários países já mostraram a sua disponibilidade para integrar a FINUL no âmbito da resolução da ONU destinada a pôr fim ao conflito que se prolongou por mais de um mês no Líbano.

Portugal afirmou já a sua disposição para participar na força da ONU, primeiro através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e novamente na segunda-feira pelo ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.

A Espanha anunciou segunda-feira disponibilidade para integrar a FINUL, através de uma declaração do ministro da Defesa, José António Alonso, à qual uma fonte governamental acrescentou, pedindo anonimato, que a contribuição espanhola deverá ser de 700 homens.


A Bélgica disse-se também disposta a participar, com soldados e com material, mas aguarda "um mandato claro e preciso" da ONU para tomar decisões concretas quanto à composição dessa força.

A Itália, que já participa na FINUL, está disposta a reforçar o seu contingente e, segundo fontes governamentais hoje citadas pela imprensa, poderá fazer avançar 2.000 a 3.000 soldados já a partir de 24 de Agosto, dentro de pouco mais de uma semana.
Também a Alemanha declarou segunda-feira que participará com tropas na força internacional, embora também ainda não tenha decidido sobre a dimensão exacta da sua contribuição.

A Noruega, que já tem soldados no Líbano, afirmou-se igualmente disposta a aumentar esse contingente, mas considera "prematuro" avançar números.

Fora da Europa, três países já se ofereceram para enviar tropas: a Malásia, a Indonésia e Marrocos. Vários países declararam entretanto que não vão tomar qualquer decisão enquanto não for conhecido o conceito estratégico da ONU para a nova FINUL.
Estão neste caso a Turquia, a Polónia, a Suécia, a Dinamarca, a Áustria, a Bulgária e a Finlândia.

Na lista dos que ainda não decidiram está ainda a Austrália, cujo governo "duvida da eficácia" da resolução da ONU e afirma que qualquer eventual contribuição será "de pequena escala e de maneira muito especializada".

Entre os que decididamente não vão participar na FINUL estão o Reino Unido, disposto a enviar ajuda humanitária e auxiliar na reconstrução do Líbano, e os Estados Unidos, que não se pronunciaram sobre uma eventual participação mas que não deverão enviar tropas pela sua posição política "demasiado" próxima de Israel.

Também a Índia, que tem nesta altura 650 soldados integrados na FINUL não prevê, por isso, reforçar a sua contribuição.

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Author`s name Lulko Luba
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