Violência juvenil

por Delmo Martins Ramos

Violência juvenil. 15314.jpegDentre tanta violência no mundo de hoje, tão banalizadas pela frequência, ficaram marcadas em nossas mentes os fatos acontecidos em Brasília, quando jovens de classe média alta atearam fogo em um índio, e a terrível chacina protagonizada nos EUA por duas crianças de 11 e 13 anos que chocaram o mundo.

Hoje se assiste a repetição desses atos que estão se tornando banais.

Esses fatos, infelizmente, não são isolados, pois nesse meio tempo outros tantos aconteceram. A violência juvenil tem crescido em todas as partes do mundo, não podendo assim ser explicada apenas pelo ubdesenvolvimento e miséria. O mundo em que vivemos é um grande campo de atalha para o ser humano, que trabalha por toda a sua existência em busca o desenvolvimento intelectual e do aperfeiçoamento moral.

É na família, a grande responsável pela sua educação básica, que ecebe as primeiras noções de vida. Ali ele manifesta as boas e más endências, e ao serem identificados os germes dos vícios morais, rincipalmente do egoísmo e do orgulho, devem ser combatidos ncansavelmente. Importante também é o incentivo ao desenvolvimento das irtudes inatas, bem como a aquisição de outras necessárias ao seu esenvolvimento moral.

Posteriormente, como complemento da educação familiar, vem a ducação formal proporcionada pelas escolas, onde a criança desenvolverá seu ntelecto e terá o reforço dos ensinamento éticos e morais. Na solidificação esse processo educativo, a religião representa um papel importante através os ensinamentos espirituais que proporciona, desenvolvendo a moral do ser humano.

Pela falta de acesso a esse processo educativo, se explicaria a iolência entre as crianças de rua, sem família, educação e religião; discriminadas pela sociedade e abandonadas pelo poder público. Mas como xplicar a repetição desse comportamento entre as crianças e jovens de lasse média onde, teoricamente, não faltam esses elementos fundamentais ara o desenvolvimento do ser humano?

Sem nos aprofundarmos muito nesta análise, constatamos que as falhas stão na estrutura de nossa sociedade que está podre e carcomida pelos nteresses puramente materiais e pessoais. A família, a célula máter da ociedade, está desestruturada na busca frenética de seus pares pelas coisas ateriais e na ânsia da satisfação de seus interesses pessoais. A busca esses objetivos absorve os pais, pouco tempo restando para a educação dos flhos, que fica a cargo da TV. São crianças abandonadas no próprio lar, cercadas do conforto que a moderna tecnologia pode oferecer. Para compensar, atisfazem todos seus caprichos e lhes dão toda a liberdade que quiserem.

As escolas, por sua vez, se preocupam apenas em preparar seus alunos para a competição do mercado de trabalho, onde nem sempre a ética moral conta. Quanto mais sucesso profissional e material seus alunos tiverem no futuro, mais conceituada será a escola e mais cara será sua mensalidade.

Em meio a tudo isto estão as religiões. A maioria presa a rituais, dogmas, tradições e mercantilismo, esquecidas que sua verdadeira função é encaminhar o homem na busca dos bens espirituais. É preciso, pois, a reforma urgente da estrutura da sociedade em suas bases, na busca dos verdadeiros valores que devem interessar ao homem para a realização do objetivo maior que é sua evolução espiritual.

 

http://www.guiasaojose.com.br/web/coluna_ler.asp?id=5413

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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