Feiras de Negócios

PRAVDA: Tivemos o raro privilégio de conhecer a Sra. Sonia Graupera com posicionamento de Diretora Internacional da organizadora de Feiras e Centro de Exposições Fira Barcelona. Qual é seu posicionamento atual e suas funções ?

SONIA GRAUPERA: Aquele posicionamento de Diretora Internacional envolveu tudo quanto tinha a ver com o desenvolvimento da estratégia internacional das feiras próprias, ou seja organizadas pela FIRA BARCELONA. No posicionamento atual de International Business Development fico com a responsabilidade de atrair feiras externas numa grande maioria de fora a Espanha para se hospedar no Centro de Exposições da Fira Barcelona. Também represento a Fira nas associações internacionais do segmento feiras.

P: Ganhar o carimbo de destaque numa organizadora de feiras tão importante reflete colheita de experiência no passado. Quando acabou sentindo que tinha ficado inserida no ambiente das feiras de negócios?

SG: Comecei como tradutora nas feiras sendo ainda estudante, a maior porção de tempo como estudante na Alemanha, nas feiras de Colonia e Düsseldorf. Com certeza o alvo inicial foi ganhar uma graninha mas tendo sempre como objetivo fundamental obter essa experiência toda no segmento empresarial fora que tratava-se dum trabalho muito variável e lotado de fatos positivos que dava para absorver.

Em algumas oportunidades acabei trabalhando para fábricas de bicicletas da Itália, numa outra para chocolates vindos dos EUA e as vezes o segmento foram móveis holandeses para empresas.

Assim que acabei a universidade tentei trabalhar numa organizadora de feiras e o azar esteve do meu lado pois minha carreira deu início com posicionamento de Assistente á Direção de várias feiras até ter conseguido o posicionamento de Diretora da Feira da Fotografia, Sonimagfoto.

Após um ano ganhei a nomeação de Diretora Internacional, quatro anos na frente acabei obtendo a última nomeação que é a atual, Diretora de Feiras Externas, International Business Development, sempre na FIRA Barcelona.

P: No mundo atual alcançar objetivos envolve “equipas” por fora dos destaques como é teu caso. Seu trabalho tem o apoio das Representações da Fira pelo mundo na procura do sucesso?

SG: Tenha certeza absoluta que o sucesso internacional das feiras da Fira é responsabilidade das representações que temos espalhadas pelo exterior, pois concretizam a divulgação para expositores e visitantes que vem de fora com o orçamento planejado também junto com essas representações além da distribuição dessa verba disponível.

P: Percebe-se o progredir constante da Espanha.

Acha que de mãos dadas com o Portugal e a Polônia acabam sendo o Patinho Feio da Europa ?

SG: De jeito nenhum !!!

Não somos o Patinho Feio da Europa. Na minha opinião não tem país que possa se sentir desse jeito assim pois todos temos contribuido nos diferentes setores da indústria e consumo. Porém uma feira poderia ser importante no seu segmento, no estado ou simplesmente referência mundial desse setor.

As feiras e centros de exposições contribuem e tanto na economia dessa cidade.

P: Qual é o papel da Catalunha neste progredir da Espanha ?

SG: Catalunha é muito importante na área industrial.

P: Além da liderança no segmento das feiras da Fira na Espanha…quanto tem a ver nessa imagen ser mais um membro da AFE (Associação Feiras da Espanha), UFI (Associação Geral da Indústria das Feiras), ICCA (Associação Internacional de Feiras e Centros de Exposições), ou na Associação de Feiras da América Latina?

SG: Estas associações são ponto de encontro do segmento, estabelecendo-se intercâmbios de opiniões, alianças e até Benchmarking. É bom salientar que resulta fundamental para Fira BCN ter participação nestas associações.

P: Portugal é o país com maior visitação nas feiras FIRA BCN, seja qual for o segmento? Brasi ? Federação Russ ? Angola?

SG: Sem dúvida Portugal é o país com mais visitantes nas feiras da Fira junto com a Itália e França mas cada um dos países do mundo são extremamente importantes para nós.

P: Na maioria dos casos FIRA trabalha a divulgação dos produtos fora a divisa espanhola de mãos dadas com associações além da Generalitat de Catalunha. Acha que os vôos internacionais sem conexões até o Aeroporto El Prat são importantes no desenvolvimento das feiras Fira sendo que outros aeroportos européios levam vantagem quanto ao assunto?

SG: Fica absolutamente claro que as conexões aéreas são extremamente importantes. Hoje Barcelona continua o processo de expansão do Aeroporto El Prat e no finalzinho deste ano 2007 vamos ter um quarto terminal pois a cidade recebe acima de dois milhões de pessoas / mês.

Ter o maior número de conexões internacionais é o primeiro objetivo se nosso alvo é ficar mesmo sendo internacionais nas diferentes feiras, e desse jeito assim oferecer soluções para os segmentos industriais espanhóis.

P: Qual é o papel do COPCA (divulgação internacional das indústrias catalãs) para Fira e Catalunha ?

SG: O Copca tem um papel fundamental na divulgação dos negócios e das indústrias catalãs fora a Espanha. Trata-se dum “embaixador” dos negócios catalães multiplicando tudo quanto se faz em Catalunha.

É um serviço de apoio muito valorizado dando uma ajuda na divulgação da Rede Industrial catalã que anseia internacionalizá-se.

É a primeira ferramenta e plataforma de decolagem das empresas que procuram sair fora da fronteira, sem essa experiência que precisa-se no início porém melhor segurar a mãozinha do COPCA.

P: Destinos objetivos escolhidos pela FIRA quanto tem a ver com a divulgação das feiras ?

SG: Europa, alguns países de Leste, China, Brasil, Chile, Argentina e México mas as vezes montam-se ações específicas em alguns outros países.

P: Porquê as organizadora de feiras destaque com a Fira oferecem grandes beneficiamentos para a Imprensa? Quanto influe essa imprensa no aprimoramento do produto?

SG: O papel da imprensa na divulgação duma feira é super importante porém tentamos oferecer tudo quanto os jornalistas precisarem além de “hospedá-lhes”do melhor jeito possível. Fora isso, temos várias salas de imprensa com equipamento apropriádo, conexão na net, poltronas confortáveis para eles descontrairem, salas de reuniões assim como um saboroso catering. Pode-se conferir todo tipo de informações mergulhando no site da Fira que fica ao dispor 24x7x365.

P: Qual é a antecedência “ótima” tentando divulgar as feiras com sucesso ?

SG: Vai depender da data dessas feiras mas no caso das bienais com antecedência dum ano e meio está ótimo. Nove meses no caso das anuais, para os expositores.

Quanto tem a ver com os visitantes, no caso das feiras de grande consumo, apenas uma semana antes e se por acaso a feira fosse profissional a divulgação precisa no mínimo três meses para que esse profissional marque na agenda o encontro com a FIRA BCN.

P: O que faz uma feira famosa e como ganha o carimbo da UFI ?

Número de visitantes, metros quadrados expositivos, outras variáveis ?

SG: Para entrar como membro da UFI, juntam-se inúmeras variáveis mas com énfase especial no grau internacional dessas feiras. Porém nada a ver com o tamanho, nem a superficie mas sim com os metros quadrados vindos de fora o país sede.

P: América Latina continua sendo importante para Fira BCN ?

SG: Espanha é o portão gigante na Europa das empresas da América Latina pela tradição, cultura e linguagem. Aliás tentamos oferecer o máximo para todas essas empresas.

P: Feiras tercerizadas ou próprias ?

SG: Ficamos de olho nas duas opções desenvolvendo os produtos próprios ou seja feiras organizadas pela FIRA BCN, bem como cativar a maior quantidade de feiras de fora que achem atraente se hospedar em nossos pavilhões, ou escolher Fira BCN como uma dessas sedes no caso de alternância.

P. A partir dos antigos pavilhões Montjuïc 1 que ergueram-se no 1929, sem estrutura para feiras industrias atuais e os novos pavilhões do Montjïc 2 ( ou Gran Via ) que recebe essas feiras que a indústria precisa…quando é que a Fira vai parar de aumentar seu tamanho ?

SG: Fira vai acabar o projeto Gran Via no 2010 encerrando suas obras com uma estação de Metrô na porta mesmo do Centro de Esposições no finalzinho desse 2010 ou no máximo no início do 2011.

Montjuïc 1 não tem como continuar aumentando seu tamanho mas no caso do Gran Via no 2007 temos feito a estréia do novo acesso principal e o pavilhão No. 1.. Dando um mergulho no 2010, vamos ter acabado os pavilhões 5 e 7 além do auditório principal. Acreditamos que oferecendo um centro de exposições moderno e com inúmeras funções vamos conseguir oferecer ainda melhores possibilidades para os clientes que estejam dando uma olhada com carinho na Fira BCN.

Quanto se refer ao Metrô, no decorrer deste mês de maio de 2007, vamos ter a estréia duma estação que fica apenas dois quarteirões do nosso novo acesso principal do centro de exposições.

P: Conseguiram que o projeto Metrô TMB alcance Gran Via com duas estações ( uma nos escritórios e mais uma nos pavilhões ) com origen no Aeroporto El Prat ?

Qual poderia ser o beneficiamento para os empresários européios e da região norte da África que andam pela feira num día só voltando á noite para seu país ?

SG: Sem dúvida o Metrô vai ajudar muito na transportação das pessoas. Não achamos que as duas únicas feiras que hospedam-se nos dois centros de exposições ( Montjuïc 1 e Gran Via ) possam ser visitadas num día só. Aliás o Metrô não foi planejado de olho naqueles que fazem seu percurso pelos dois centros de exposições num día só sinão na hora que uma feira tiver como sede Gran Via, poupar a verba investida até hoje nos ônibus ( shuttle ) que tem origen em Montjuïc 1, no centro da cidade.

P: Poderia dar uma referência do processo de construção dos pavilhões da Fira ?

SG: Montjuïc 1 ( 1929 ), Gran Via – Pavilhão 2 ( 2005 ), Gran Via Pavilhão 3 ( 2001 ), Gran Via – Pavilhões 4 e 6 ( 2005 ), Gran Via – Pavilhão 8 ( 2006 ), Gran Via Pavilhão 1 e novo acesso principal ( 2007 ).

P: O recorde quanto a visitação se refer numa feira Fira continua sendo o Salão ( Feira ) do Automóvel, colocado em paralelo com o Grande Prêmio F1 do 2005 tendo como visitantes destaque os pilotos que estiveram acima dos protótipos ?

SG: Com certeza, trata-se duma feira de grande consumo fora que os carros e suas novedades acabam cativando muito pessoal. Além disso o Grande Prêmio foi o encerramento da feira.

P: Quantos metros quadrados de superfície expositiva vai ter a Fira assim que Gran Via estiver arrumadinho?

O sucesso duma feira va de mãos dadas pela superfície expositiva ou reunindo dum jeito correto os diferentes segmentos do setor principal?

SG: O sucesso duma feira fica do lado duma correta organização reunindo tudo aquello que se oferece e procura-se.

Fica absolutamente claro que o assunto é aprimorar a percorrida dos visitantes, fazendo-a bem simples, além duma divulgação ótima procurando “arrecadar” a maior quantidade de expositores ( oferta ) atraindo uma grande visitação ( demanda ).

P: O metro quadrado em alguns países da América é bem mais caro que na Fira ou otras propostas atraentes deste ambiente.

Acaba-se “prostituindo” o produto dando estandes de “presente” na hora que o prazo de encerramento para se cadastrar como expositor vai se acabando ?

SG: Acho que o preço do metro quadrado não tem como alvo apenas arrecadação.

Conheço feiras muito importantes que são referências no mundo que o metro quadrado é muito caro mas pelo próprio prestígio acaba dando uma virada logo pois recebe muita visitação ( compradores ) porém percebo que esse grande investimento acaba sendo uma grande valia para eles pois seus negócios não param de crescer.

P: Tem viajado muito pelo mundo inteiro pelo assunto feiras e lazer. Um centro de exposição que tinha cativado você além da Fira que é o “seu” ?

SG: Um desses centros de exposições que conheço e gosto muito são os de Rimini na Itália e Munique na Alemanha.

P: Um lugarzinho lindo de olho nas suas feiras para descontrair bastante ?

SG: Qualquer um dos lugarzinhos da Itália, Algodoal na Ilha de Maiandeua no norte do Brasil e Colonia del Sacramento no Uruguay.

Correspondente PRAVDA.ru

Gustavo Espiñeira

Montevidéu – Uruguai

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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