Vinokurov envolvido no escândalo de doping no Tour de France

O ciclista da equpa Astana, Cazaquistão, Alexandre Vinokurov, um dos favoritas desta edição do Tour de France, abandonopu a Volta em conjunto com sua equipa, depois de receber um teste positivo antidoping realizado no passado sábado. O cazaque, de 33 anos, acusou positivo num controlo sanguíneo após a vitória no contra-relógio em Albi, na distância de 54 quilómetros.

As análises revelaram dois tipos de glóbulos vermelhos no sangue. Ou seja, recebeu uma transfusão de outra pessoa, com o mesmo tipo sanguíneo. O ciclista já requereu a contra-análise e aguarda os resultados de outro controlo sanguíneo, realizado anteontem, após o triunfo na 14.ª etapa. O método é proibido pela Agência Mundial Antidopagem e consiste no aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue, para uma melhor circulação do oxigénio e assim aumentar o rendimento desportivo.

O director da Volta a França diz que é necessária uma revolução na abordagem ao ciclismo, depois de ter sido tornado público mais um caso positivo de doping no Tour, o de Alexandre Vinokurov.

«O sistema actual não funciona, é totalmente falível. Não defende a maior corrida do mundo», afirmou Christian Prudhomme em entrevista ao LEquipe, defendendo no entanto que o futuro do Tour não pode estar em causa apesar dos sucessivos escândalos nos últimos anos: «O futuro do ciclismo só pode passar pela Volta a França. As grandes corridas são a essência do ciclismo.»

Após a notícia, a equipa italiana Astana suspendeu de imediato o atleta e retirou-se da prova, a pedido da organização, enquanto aguarda pelo resultado da contra-análise.Ao final da tarde cerca de 20 polícias entraram no hotel onde estava hospedada a Astana e recolheram diverso material, sem que fosse fornecida qualquer infornmação.

Ontem, o camisola amarela da Volta a França, Michael Rasmussen (Rabobank) e o segundo classificado, Alberto Contador (Discovery Channel) foram alguns dos ciclistas alvo de controlos sanguíneos surpresa. Ao todo, foram controlados 38 atletas, de cinco equipas Rabobank, Discovery Channel, Lampre, Caisse D'Epargne e Euskatel.

A desconfiança em relação a Rasmussen parece não acabar. O dinamarquês admitiu ontem ter errado ao faltar a um controlo anti-doping da União Ciclista Internacional, ele que, sinal dos tempos, se apresentou aos jornalistas acompanhado por um advogado. Theo de Rooy, director desportivo da Rabobank, defendeu o atleta e garantiu que todos os testes realizados deram negativo.

O "Tour" recomeça hoje, com a última etapa de alta montanha, entre Gourette e Col d'Aubisque (218 km), no coração dos Pirenéus.

 Fonte Jornal de Notícias


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Author`s name Lulko Luba
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