A «Santíssima Trindade» brasileira abençoou o River Plate uruguaio em 2009.

O mineiro Gabriel Marques, o mato-grossense do sul André Lopes «Andrezinho» e o gaúcho Ronaldo Conceição estão escrevendo uma página na história do River Plate de Montevidéu até no ambiente internacional na Taça Sul-Americana.

Fora o Silas para o Central Español faz quase 20 anos e o goleiro Ayrton de Arruda «Manga» para o Nacional quase 40, na hora que foram craques nas seleções brasileiras são poucos os destaques verde-amarelos que fazem pouso no futebol uruguaio. Conhecer aos novos famosos brasileiros do RiverPlate uruguaio dos sucessos na Sul-Americana é a nossa sugestão agora.

PRAVDA: Me diga, quando e como começou sua carreira profissional?

ANDREZINHO: Comecei com 15 anos de idade a trabalhar juniores, fui morar no Rio de Janeiro, joguei no Campo Grande dessa cidade, depois voltei a minha casa no caso, joguei no time da minha cidade, no Cec, Chapadão do Sul, depois fui a Minas Gerais, no Atlético Mineiro com 16 anos mais ou menos, fiquei um ano lá e logo fui jogar no Juventude e praticamente minha base toda foi no Juventude, foram 3 anos, seleção peguei no Juventude, tudo. Com 21 anos fui pro Ceni de Campo Grande – Mato Grosso do Sul, de lá fui para o América de Rio Preto, em 2008 só que fiquei pouco tempo e acabei indo pro Japão também em 2008, até que em 2009 estava no Sportivo Roma de Apucarana em Paraná e tendo recebido esta proposta agora, vim agora no River Plate e estou tentando o meu espaço no futebol uruguaio.

P: Até quando tem assinado contrato com o River Plate? E até quando vai continuar o River Plate na Taça Sul-Ameicana agora que alcançaram as Semis 2009?

ANDREZINHO: O meu contrato é até Julho 2010 aqui e vou tentar ficar até essa data, senão talvez em Dezembro ou Janeiro já sai. A gente espera alcançar a final, a gente espera, a gente entra focado nesse trabalho para sempre vencer, o trabalho do Carrasco (treinador chefe) já é assim já. A gente vai procurar trabalhar certo para obter resultado certo.

P: Acha que com outro estilo de treinador vocês poderiam ter atingido as Semis? O Carrasco é um cara diferente ao resto dos treinadores, no mínimo dos uruguaios?

ANDREZINHO: Ele é muito diferente, nunca tinha pegado um treinador assim mas tem que salvar também a qualidade dos jogadores que aqui temos pois somos nos que jogamos fora que ele ajuda bastante com o sistema tático, né? Mas ele é um treinador muito bom e inteligente mas tem que salientar também o grupo que é focado no trabalho e graças a Deus está dando tudo certo.

P: Qual é o diferencial do Carrasco quanto ao resto dos treinadores que você teve na sua carreira?

ANDREZINHO: A disciplina tática. Até agora os treinadores, eles me deixaram mais....como é que vou falar....só mandavam jogar, não tinha muita disciplina tática nem nada. Aqui estou aprendendo a marcar também que eu não sabia, está dando tudo certo, estou aprendendo bastante aqui neste futebol.

P: Qual é sua posição no gramado? Meia, ponta, o que você é?

ANDREZINHO: Sabe, eu sou meia mas este ano estava improvisado no ataque e fui o vice-artilheiro da minha equipe agora no Brasil no Campeonato Paranaense

P: Qual foi seu sentimento na hora de chutar aquele primeiro pênalti que concretizou perante o San Lorenzo em Buenos Aires na quarta retrasada?

ANDREZINHO: Passa, passa tudo. Um filme na minha cabeça aquela hora andando ali para pegar a bola para bater...passa um filme, pensa na família, pensa tudo que está nessa volta, muita gente depende de min, não é? A minha família, a minha esposa, agora a minha filha que vai nascer em Janeiro, tudo depende de mim e eu procurei fazer o melhor e graças a Deus, Deus abençoou o nosso time e deu tudo certo.

P: Tua idéia original foi mesmo chutar desse jeito assim pois acabou interrompendo a carreira até a bola antes de chutar? O goleiro falou alguma coisa na prévia do chute pênalti?

ANDREZINHO: Foi sim, eu sempre bati assim e não teriam porque mudar naquele momento e fora isso o futebol desta região, no Uruguai e na Argentina pelo que eu vi na televisão, nos pênaltis ninguém faz isso. Eu sabia que fazendo isso o goleiro ia cair. Quanto ao goleiro, tudo quando ele falou foi normal, que ia pegar a bola, você sabe... mas isso não me abala não e deu tudo certo.

P: Tua esposa está grávida com bastante barriguinha? Já sabe o nome da sua filha? Vai nascer no Uruguai?

ANDREZINHO: O nome da filhinha vai ser Ana Luísa e vai nascer no Brasil, no Rio Grande do Sul e não no Mato Grosso do Sul.

Agora continua a reportagem com um zagueiro e tanto do River Plate vindo de Osório no Rio Grande do Sul, o Ronaldo Conceição.

PRAVDA: Seu nome, sua idade, onde você nasceu? Tudo quanto tiver para compartilhar com os nossos leitores é bem vindo.

RONALDO CONCEIÇÃO: Meu nome é Ronaldo Conceição Silveira, 22 anos e nasci em Osório no Rio Grande do Sul. Estou faz oito meses no River Plate. Eu veio ao Nacional de Montevidéu primeiro mas ai não tive muitas oportunidades não e o Juan (Carrasco) me deu a oportunidade de fazer um teste aqui no final de Dezembro e acabei aprovando, ele gostou e em quatro práticas que eu fiz em coletivo, logo fiz a pré-temporada com o grupo tudo, me enturmei mais com eles e daí comecei jogar, me deu confiança que para mim foi muito importante. E hoje temos a Semifinal da Taça Sul-Americana que é importantíssimo para a gente que não imaginava que esse ano ia ser tão, tão, produtivo para a gente, Isso é muito importante.

P: Você já percebeu que têm jornalistas esportivos uruguaios que acham que seu estilo de jogo como zagueiro assemelha-se aquele dos grandes zagueiros uruguaios das épocas dos sucessos? Até com raça e qualidade posi você mostrou chutando aquele pênalti em Buenos Aires em um momento difícil.

CONCEIÇÃO: Acho que chega uma hora na vida do jogador, como na hora de chutar o pênalti que tu está ali, a responsabilidade que tu assumes, pode ter sorte, tudo, fui inteligente para chutar o pênalti, para olhar pro goleiro para onde é que ele ia se mover, para deslocar bem ele e isso para a gente é muito importante. A parte, eu sempre admirei os zagueiros uruguaios, quando o Diego Lugano foi para o Brasil, no São Paulo eu olhava muito ele jogar, admirava como ele jogava com força, com a raça de equipes do Rio Grande do Sul, porém eu tenho hoje o Lugano como imagem tentando chegar num ponto igual a ele, me entende? O zagueiro que eu teria como ídolo é ele. Por incrível que pareça nunca tive uma conversa com ele e eu acompanhava os jogos dele no São Paulo, era um líder em campo, raça, saia jogando e como muito «huevo» (testículo) do jeito que vocês falam aqui. Impressionante, impressionante!!!

P: Qual foi a sua carreira como jogador até agora? Como foi o início até chegar no River Plate hoje?

CONCEIÇÃO: Comecei no Juventude, logo fui um ano no Grêmio de Porto Alegre, fiquei um tempo no Internacional de Porto Alegre também, fui a São José do Zico no Rio de Janeiro , depois fui a RS Carpigiani no Rio Grande do Sul, depois fui a o Sportivo de Bentos Gonçalves que foi o meu último time no qual eu disputei o Gauchão até que fiquei um tempo em casa logo ter acabado o Campeonato Gaúcho até que tive a oportunidade de vir para cá no Nacional onde não tive a possibilidade de jogar. Só logo veio o River Plate e graças a Deus aqui pude mostrar um pouco mais o meu trabalho. Encontrei um treinador que apostou em mim, que me deu muita confiança.

P: Lugano é seu ídolo como zagueiro e ele foi vendido do Nacional para o São Paulo por pouca verba pois alguém não gostou do estilo de jogo dele. No finalzinho ele acabou conquistando a Taça Libertadores com o time são-paulino. Será que vamos ter o Ronaldo Conceição Campeão da Taça Sul-Americana agora quando não acabou tendo chances no Nacional? Acha que o River Plate tem chance?

CONCEIÇÃO: Claro que temos!!! Hoje, esperança a gente tem!!! A gente trabalha nessa face. O Vitória era o favorito contra a gente, San Lorenzo, a gente foi lá e ganho do San Lorenzo. Agora temos a Liga de Quito, que vai ser uma partida muito difícil mas vai ser uma partida aberta assim como foi na Argentina e a gente está muito confiante e sabe muito bem o que deve fazer e trabalha muito a ganhar as partidas. Espero que saia tudo bem nesse primeiro jogo e que a gente saiba manejar aí tudo na altura que é um pouco complicado pois acho que é o fator que pode complicar faltando 20 ou 25 minutos, onde começa faltar o ar, começa faltar pernas também, você na cabeça quer ir mas as pernas na acompanham. Mas todos estamos confiantes, todos felizes por estar onde a gente pode estar hoje, numa Semifinal de Sul-Americana que ninguém imaginava fora que o grupo e muito jovem e tudo está dando-se muito de pressa, negócio que acho muito importante na carreira futebolística para um. Tomara que agora der para passar na Liga e ir na final e quem sabe com o Fluminense no Maracanã seria lindo, pode imaginar mesmo que tudo deve acontecer do jeito que Deus quiser. Passo a passo e trabalhando muito as coisas vão sair.

P: Casou, tem filhos?

CONCEIÇÃO: Sou casado mas no momento não tem filhos ainda. O primeiro alvo é a Sul-Americana (falou tirando risada). Primeiro sempre o serviço da gente, logo se da bem, está bem o teu trabalho, está bem em casa, com a família. Aqui é meu prato de comida, é meu dia-a-dia, aqui e tenho que mostrar em campo e a família é parte de fora que é importantíssima quando tu perdes, quanto tu está mal te apóia, nossos momentos bons estamos juntos também, e isso aí, o importante. A vida é isso. Tudo, tudo, tudo apaziguado.

P: Tua mulher está gostando de Montevidéu?

CONCEIÇÃO: Ela está aqui faz quase um ano, quando eu vim ao Nacional, está sempre comigo, aliás é uma tremenda parceira e não tem que reclamar nada dela.

P: Qual é o diferencial do Carrasco como treinador quanto aos outros treinadores da sua carreira?

CONCEIÇÃO: Vou te ser sincero. Jogando com ele, pode jogar no Maracanã com 200 mil pessoas que não vai tremer não. A parte, como pessoa é um tremendo cara mas te cobra. Ele sempre fala que ele não vai te cobrar o que você não tem condições de dar para ele, entende? Não vai te cobrar....cobrança existe sempre e sempre vai existir, em qualquer lado mas aqui tem uma cobrança diferente mas ele te cobra se tem capacidade de dar, aí vai te cobrar. Para mim é muito importante, futebolisticamente assim, foi o melhor treinador que passou para mim , que me deu a confiança, que me botou para jogar, eu indo bem ou indo mal não me tirava da equipe, e hoje o pouco que eu tenho, quer ou não, se estou indo bem ou não devo muito a ele. A gente tem falado para ele também, e agradecer para o River por ter aberto as portas para mim pois do jeito que a gente está hoje foi muito importante.

Agora é a vez do Gabriel Marques, bem mais conhecido como Gabriel no Brasil e Marques no Uruguai. Infelizmente para ele não conseguiu participar da turma da Sul-Americana pois na hora que ele chegou no River Plate o tempo de cadastramento na lista tinha acabado, Ele faz parte da turma alvi-vermelha no Torneio Uruguaio. Mas só ele vai dizer o que está acontecendo na vida neste roteiro no time do Prado montevideano.

PRAVDA: Onde você nasceu? Qual é a cidadezinha do peito? O gramado que você gostou para o bate-bola sendo criança?

GABRIEL MARQUES: Meu nome é Gabriel Marques de Andrade Pinto, tenho 21 anos, nasci na cidade de Pedro Leopoldo em Minas Gerais, que faz parte da área metropolitana de Belo Horizonte e comecei jogar futebol num campo de terra, num campo ruim, que dava para se machucar, para ralar o joelho, mas foi uma experiência muito boa, até com um ex jogador de futebol de lá que eu trabalhei muito, como o Paulo Isidoro (da seleção do Brasil 1980 na Copa de Oro de Montevidéu e na Taça do Mundo Espanha 1982 vestindo a camisa sete), estava me treinando, passei como dois ou três anos com ele, logo trabalhei com Eder Alixo, lateral-direito da seleção, um ano e pouco.

P: Como foi sua carreira? Um único time antes que o River Plate?

GABRIEL MARQUES: Trabalhei um tempo no time da minha cidade, chamado Vespasiano, trabalhei um tempo lá com, um dois anos, com o Milagres, o goleiro Milagres que jogou no Atlético Mineiro , já tinha dito, trabalhei dois anos com o Paulo Isidoro onde aprendi muita coisa, onde ganhei uma experiência muito grande e logo com o Eder Alixo mas um ano e pouquinho até que surgiu a oportunidade do Grêmio de Porto Alegre onde trabalhei três anos, onde evolui como pessoa, evolui como jogador, quando surgiu a possibilidade de vir para o River Plate pois um preparador físico que eu trabalhei com ele no Grêmio veio para cá pois veio trabalhar com o zagueiro da seleção Sub-20 uruguaia e do Nacional, Sebastián Coates e ele me indicou, deu as características como jogava, como era o meu futebol, como era como pessoa também e o pessoal gostou, ele me indicou e o meu empresário, me ligou que viesses para cá. Agora estou gostando muito mas me deram muita força o Ronaldo Conceição, foi importante a turma brasileira do River Plate pois quando eu cheguei aqui não sabia nada de língua, de costumes, de comida, não sabia de nada. Está se dando bem dentro e fora de campo, que é importantíssimo. Graças a Deus, está tudo certo, estamos no caminho certo, estamos trabalhando bem, estamos com um grande treinador que é o Carrasco, que nos ajuda.

P: O que é o Carrasco para você?

MARQUES: Além de polêmico, na verdade é um cara que trabalha muito, um cara muito inteligente, um cara que quando cheguei aqui me apoiou, me deu bastante força, cheguei aqui tranqüilo, cheguei aqui sem um problema, ele chegou a ver um DVD e me trouxe, uma pessoa muito boa. Mas é bom salientar que é polêmico fora, na turma ele brinca com todos, mas estamos tendo todas essas conquistas pelo trabalho de toda a Comissão Técnica como é o caso do Profe, como o Omar Garatte (treinador de goleiros), como o Darwin Rodríguez (treinador apoio do Carrasco), e graça a Deus estamos aí, estamos agora na Sul-Americana, com um triunfo bastante grande para o River todo, nem só para nós jogadores senão para o River, para a história do River. Estou um pouco triste, um pouco alegre também. Triste pois eu não cheguei a tempo, meu transfer não chegou a tempo para me inscrever na Sul-Americana mas está....estive acompanhando agora lá na Sul-Americana em Buenos Aires. Acompanhei tudo, o drama dos pênaltis o nervosismo e graças a Deus passamos para próxima fase, quem sabe aí pegamos um brasileiro como o Fluminense, coisa linda. Para brasileiro jogar contra time brasileiro é maravilhoso, como foi com o Ronaldo e Andrezinho contra o Vitória que fizeram uma grande partida, pode ter certeza que é uma emoção muito grande jogar contra um time do Brasil.

P: Até quando o contrato com o River Plate? Sem você na turma da Sul-Americana o River continua até pegar o caneco de Campeão?

MARQUES: Tenho contrato de um ano e acaba em Junho de 2010 com opção de renovação mais dois anos. Com relação a isso da Sul-Americana, com certeza eles vão conseguir a classificação, com certeza eles vão ir na frente, com certeza ele vão buscar aí o título que claro que é difícil mas tem uma turma para conquistar a Copa Sul-Americana, sem mim também com certeza...

P: Contigo na turma a Taça estava no bolso, não é?

MARQUES: (Sorridente e tanto ele respondeu) Não, não, não, não é assim não. A vontade era muita de estar jogando aí mas futebol tem essas coisas mas espero que cheguem mais longe, pois vai ser bom para todos, vai ser bom para o River, vai ser bom para a Comissão Técnica, vai ser bom para a Diretoria, vai ser bom para tudo mundo.

P: Da para imaginar o Estádio Centenario com 45 mil pessoas torcendo pelo River Plate perante a Liga de Quito?

MARQUES: Verdade, verdade, eu estava aqui fora com o San Lorenzo e senti uma emoção, senti um coração se parar, a mil, a mil e dentro de campo deve ser muito mais, a adrenalina está lá encima e com certeza aí espero que quarta-feira os torcedores nos apóiem, os torcedores vão no estádio para nós darem força, é maravilhoso, é maravilhoso, para mim eu acho maravilhoso e com certeza eles vão ficar tranqüilos, tem experiência bastante nessa Copa aí, vamos sair com triunfo se Deus quiser.

P: Solteiro feliz? Namorando com uruguaia? Trouxe uma namorada brasileira aqui no Uruguai? Quase casado?

MARQUES: Solteiro feliz, Não estou namorando com uruguaia, não. Também não trouxe namorada cá, ficou lá em Minas e não estou quase casado, está por aí. Estou com o meu irmão mais novo (19 anos) em Montevidéu, o Guilherme que trabalha na área de modelo, está buscando seu caminho aqui também e é um cara que me ajuda muito, um cara que me da muita força, um cara que não tem nem palavra para lhe dizer...não sei, se não fosse ele que é assim comigo nem sei se eu estaria assim bem como estou agora.

P: Sabia que um jornal famoso como o PRAVDA russo na versão portuguesa tinha sua sede na América aqui e acompanha tudo quanto acontece, neste caso com vocês três?

MARQUES: Até hoje, até hoje, não. E bem diferente e para nós importante a parte você fala a nossa língua, até porque pode se expressar um pouco mais, eu estou meio enrolado com o espanhol aí, estou meio complicado aí com o espanhol mas da para quebrar o galho, da para comer, e da para se alimentar bem.

Foto: (De esq. á dir.) O mineiro Gabriel Marques, o mato-grossense do sul André Lopes «Andrezinho» e gaúcho Ronaldo Conceição.

Gustavo Espiñeira

Correspondente PRAVDA.ru

Montevidéu – Uruguai

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