Brasil é oitavo no ranking mundial da transparência

A convite da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, está em Doha, no Qatar, com representantes de outros 15 países, as melhores iniciativas mundiais em transparência pública e prevenção da corrupção. A reunião acontece entre esta segunda (9) e quarta-feira (11) e suas conclusões servirão de subsídio para a próxima Conferência dos Estados Partes da Convenção da ONU contra a Corrupção, programada para novembro, também em Doha.

Segundo Jorge Hage, o convite, feito pelo Escritório das Nações sobre Drogas e Crime (UNODC), ocorre em reconhecimento aos avanços conseguidos nos últimos anos pelo governo brasileiro nas áreas de prevenção e combate à corrupção. Com efeito, em julho do ano passado o Brasil apresentou, a convite do UNODC, essas e outras iniciativas, em reunião do Conselho Econômico-Social da ONU, em Nova York , e, em novembro, na sede do UNODC, em Viena.

O Portal da Transparência, por exemplo, que expõe as despesas públicas federais na Internet, é referência internacional e já foi várias vezes premiado, inclusive pelas Nações Unidas, na Conferência dos Estados Parte da Convenção da ONU contra a Corrupção, na Indonésia.

“E em meio à atual crise econômica mundial, a melhoria da imagem do Brasil é de crucial importância para aumentar não só a confiança dos investidores, mas também o respeito dos demais governos ao estado brasileiro, para que não se pretendam mais discutir as grandes questões mundiais ignorando os interesses do Brasil”, sustenta o ministro.

Pesquisa
- Pesquisa feita pelo IBP (sigla em inglês do instituto Parceria Internacional sobre Orçamento), divulgada na semana passada, coloca o Brasil em 8º lugar entre os países mais transparentes do mundo. Para Jorge Hage, essa posição ainda é pouco para o Brasil. “Eu quero ver o Brasil em primeiro lugar nesse ranking”, disse ele.

O Brasil só ficou atrás de um único país emergente – a África do Sul –, colocando-se muito à frente de todos os demais, inclusive Índia, Rússia e China, e de todos os demais países latino-americanos.

Hage entende que a posição do Brasil poderá melhorar mais ainda porque o País não parou de trabalhar e avançar nessa matéria. Ele destacou que a pesquisa agora divulgada foi feita em 2007. “De lá para cá, por exemplo, a CGU já lançou novas formas de consultas ao Portal da Transparência; várias autarquias e fundações já lançaram na internet suas Páginas de Transparência; a CGU já lançou mais recentemente o Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas e o Observatório da Despesa Pública; o Ministério do Planejamento já lançou o sistema de controle on-line dos convênios, e muitos outros instrumentos.”

Ranking da transparência

1º Reino Unido
2º África do Sul
3º França
4º Nova Zelândia
5º Estados Unidos
6º Noruega
7º Suécia
8º Brasil
9º Eslovênia
10º Polônia
11º Peru
12º Coréia do Sul
13º República Tcheca
14º Sri Lanka
15º Alemanha

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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