Gelita: Não somos culpados

As empresas autuadas pela FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental - não podem ser vinculadas diretamente ao desastre ambiental ocorrido no Rio dos Sinos.

A própria fundação, em declaração do presidente, anunciou que as empresas autuadas não são necessariamente culpadas pela mortantande dos peixes, fato que pode ser comprovado pelo novo incidente ocorrido ontem, que prova que outros fatores contribuíram com o problema. Um dos principais culpados pelo desastre, tanto do ocorrido há 18 dias, como do que aonteceu ontem, é o esgoto doméstico jogado no Rio dos Sinos. A preocupação maior agora é resolver a situação que pode ocasionar um novo desastre, como a baixa no nível do Rio, com concentração da poluição e queda da oxigenação da água, provocando nova mortandade.

A Gelita do Brasil, assim que teve seu nome divulgado, emitiu nota para as autoridades e grande imprensa, esclarecendo que não reconhece o teor das acusações, conforme texto abaixo. E está totalmente à disposição da imprensa para mais informações.


GELITA NÃO RECONHECE ACUSAÇÃO DO FISCALIZADOR

Fábrica faz todos os controles solicitados pela FEPAM, de acordo com as orientações do órgão fiscalizador e com a legislação vigente.

Além disso, opera dentro dos parâmetros licenciados pela FEPAM e tem sistemas completos e eficientes para tratar 100% de seus efluentes.

Sistema existente de tratamento de efluentes na unidade de Estância Velha custa R$ 6 milhões de reais. Outro R$ 1,7 milhão foi investido nos últimos cinco anos.

Fundação ainda não apresentou evidências.

Na manhã desta sexta-feira, 19 de outubro de 2006, a unidade Estância Velha (RS) da GELITA South America tomou conhecimento do Auto de Infração nº 212/2006, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), no qual a empresa é citada por “Lançamento de efluente sem tratamento adequado no Arroio Estância Velha”.

No entanto, a empresa que trata 100% de seus efluentes - justamente por fazer os devidos monitoramentos e gerar todos os relatórios, que são solicitados e reconhecidos oficialmente pelo órgão fiscalizador, a FEPAM, - não aceita a acusação.

Além disso, a carga orgânica, tanto na ocasião, quanto de forma geral, também está dentro dos limites autorizados pelo Limite de Operação (LO nº 5044/2004). No mesmo dia 8/10, a DQO (Demanda Química de Oxigênio) – que demonstra se o efluente poderia causar falta de oxigênio na água do rio – foi de 135 mg/L. O limite é de 180 mg/L.

Quanto aos critérios utilizados pela FEPAM, de acordo com a Portaria nº 083/2006, a GELITA, por meio do seu corpo técnico e assessoria especializada, avalia que são inconsistentes uma vez que não houve o referido lançamento de efluentes sem tratamento e que não foram apresentados, pela entidade, laudos técnicos que comprovem a acusação.

Além disso, há dois anos, o laboratório ALAC, de Porto Alegre, faz análise periódica da qualidade da água antes e depois da emissão de efluentes da GELITA. Estes laudos mostram que o efluente da unidade Estância Velha tem efeito positivo sobre as águas do rio, pois chegam à fabrica, em média, 20% mais poluídas do que depois que passam pela empresa.

Informações adicionais

Portaria 087/2006 da FEPAM

Na última sexta-feira (13/10), a GELITA recebeu a Portaria nº 087/2006, da FEPAM, que determina que deve haver “redução em 30% da vazão licenciada de todas as atividades industriais situadas na Sub-bacia do Arroio Portão”, a partir da publicação da Portaria.

A GELITA, desde esta data, está operando com esta vazão reduzida e tomando as providências necessárias para manter sua produção e continuar atendendo às normas que sempre seguiu. Entre as melhorias realizadas e previstas para os próximos meses estão a antecipação - de fevereiro de 2007 para novembro deste ano - de um projeto específico de otimização do sistema de tratamento de efluentes, que começou em junho passado e consome investimentos na ordem de R$ 800 mil.

Outras iniciativas são a troca de membranas do sistema de aeração do tratamento de efluente, um sistema extra de oxigenação da água - que será implementado ao longo desta semana - e um sistema de pré-purificação. Todas estas ações farão com que os efluentes sejam lançados ao rio na nova quantidade e qualidade estipulada.

Responsabilidade Ambiental

O Grupo GELITA segue os padrões de tratamento em todas suas plantas, que estão na Europa, América do Norte, Oceania e Ásia. Em Estância Velha, 45% da área total é destinada ao tratamento do efluente, que é 100% tratado.

A empresa tem contribuído com diversas ações em favor do meio ambiente, como a Semana do Meio Ambiente, a doação de mudas de árvores nativas ao município e a participação em instituições que visam a preservação da natureza, como o Comitêsinos e as Câmaras Técnicas da FEPAM.

Somente nos últimos cinco anos, o Grupo GELITA investiu R$ 55 milhões na operação brasileira, dos quais 30% (R$ 17 mi) foram destinados à planta de Estância Velha, sendo que, deste percentual, R$ 1,7 milhão foram investidos especificamente no tratamento de efluentes.

Responsabilidade Social

A GELITA South America, em suas quatro plantas, desenvolve e apóia programas sociais, com objetivo de promover cidadania nas comunidades nas quais está inserida. Em Estância Velha, por exemplo, a empresa tem realizado os projetos Guri e Girassol, entre outros.

GELITA South America

Com mais de 100 colaboradores diretos e 400 indiretos na cidade de Estância Velha, a GELITA South America é motivo de orgulho do Grupo GELITA, por produzir quase 30% de toda a gelatina consumida no mundo.

Além de Estância Velha, a empresa possui unidades fabris em Cotia e Mococa, em São Paulo, e em Maringá, no Paraná. Juntas, elas atendem o mercado brasileiro e exportam a maior parte das 20 mil toneladas de gelatina, para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética mundiais.

Core Comunicação

Alexandre Pereira

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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