1,5 milhões dolares para travar a cólera em Angola

Uma  ajuda de emergência suplementar de 1,5 milhões de euros foi atribuida pela Comissão Europeia para combater a «rápida propagação» da epidemia de cólera em Angola, que já vitimou 36 mil pessoas, das quais 1.300 morreram.

Esta ajuda humanitária de urgência vem juntar-se aos 1,5 milhões de euros atribuídos a 21 de Abril para um surto considerado «alarmante» e visa reforçar os meios de combate contra a «rápida propagação» da doença, com uma elevada taxa de mortalidade.


Segundo um comunicado da Comissão Europeia, mais de 36 mil casos foram detectados desde o aparecimento da doença a 13 de Fevereiro, que se propagou a 11 das 18 províncias angolanas, tendo causado 1.300 mortos, mais de um terço dos quais crianças com menos de cinco anos, de acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
As províncias atingidas são Luanda, Bié, Bengo, Benguela, Huambo, Huíla, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Malange, Uíge e Zaire.

 
Segundo vários epidemiologistas, citados por Bruxelas, são esperados pelo menos 30 mil novos casos no decurso dos próximos dois a três meses.
A doença foi detectada inicialmente em bairros periféricos de várias cidades angolanas, como Luanda, na sequência de chuvas torrenciais que caíram na África Austral desde Janeiro, agravadas por más condições de higiene, como a ausência de saneamento básico.


A ajuda comunitária foi disponibilizada pelo Departamento de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (ECHO) e será aplicada no terreno através de organizações humanitárias, como os Médicos do Mundo, Médicos Sem Fronteiras, OXFAM e agências das Nações Unidas, como UNICEF e OMS.


A cólera é uma doença altamente contagiosa que se transmite através da água, manifestando-se por vómitos e diarreia, que podem originar desidratação grave e, em casos extremos, a morte.

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Author`s name Lulko Luba
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