OPEP: Fugas de Informação

Na véspera da 121ª Conferência dos Ministros de Energia e de Petróleo da OPEP, há informações não oficiais que as quotas para a produção de petróleo irão aumentar depois da conferência, que terá lugar em Osaka, Japão em 19 de Setembro.

A questão agora se põe, sobre se o governo da Federação russa tomou em conta esta mudança, dado que o Orçamento do Estado para 2003 irá em breve ser discutido na Duma. A informação foi transmitida a um jornalista da RIA Novosti na Comissão Económica da OPEP em Viena por um alto funcionário da Organização, que também informou que todas as posições entre os membros da OPEP serão concertadas antes de Osaka.

Parece que a OPEP não terá outra saída, porque se o preço do barril de petróleo ultrapassar o limite máximo estipulado pela Organização, será natural aumentar a produção para estancar pressões inflacionistas.

No entanto, Iraque, Venezuela e Kuwait insistem que a quota de produção deverá manter-se inalterada. Isto não surpreende: a gula da Venezuela é bem conhecida e em mais do que uma ocasião, o mercado de petróleo entrou em crise por causa da política de exploração sem freios deste país. As razões do Kuwait querer manter o preço por barril em alta se baseiam a volta do temor que este país sente perante a ameaça de guerra, enquanto o Iraque já está a viver os momentos de histeria provocados pelos EUA. De qualquer modo, Iraque só pode exportar 1 milhão de b/d sob o Programe Petróleo para Comida.

O exemplo do Iraque demonstra claramente a fragilidade dos países na região perante um EUA agressivo. Por esta razão, os maiores exportadores de petróleo, Arábia Saudita e Nigéria, querem aumentar a produção. Contudo, as decisões da OPEP são tomadas unanimemente, por isso deve haver um período de discussão, e de persuasão, nos seguintes dias.

O Orçamento de Estado da Federação russa para 2003 poderá depender em parte destas discussões.

Dmitry Slobodanuk PRAVDA.Ru

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