Bens de capital puxam crescimento industrial

Os índices de março da atividade industrial ajustado sazonalmente revelaram um quadro positivo da atividade fabril, mas marcado por um menor ritmo de crescimento, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a produção industrial cresce há dez períodos consecutivos, mas apresentou significativa redução na velocidade de crescimento ao registrar 0,4% no primeiro trimestre deste ano frente ao último de 2007 (1,9%). O indicador acumulado nos últimos doze meses (6,6%) perde ritmo em relação a fevereiro (6,9%), interrompendo a trajetória de expansão que vinha sendo observada desde março de 2007.


O acréscimo de 0,4% observado na passagem de fevereiro para março foi acompanhado por 17 dos 27 ramos pesquisados. Entre os destaques, vale ressaltar o desempenho da farmacêutica (16 %), que recuperou parte da perda de 27,2% do mês anterior, veículos automotores (1,6%), edição e impressão (2,4%), minerais não-metálicos (2,3%) e metalurgia básica (1,2%). A queda mais significativa ocorreu em refino de petróleo e produção de álcool (-11 %), resultado que reflete os efeitos de paralisação técnica em unidade de grande empresa do setor. Vale citar também as pressões negativas vindas de: indústrias extrativas (-3,5%), alimentos (-1,6%), outros produtos químicos (-1,6%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-5,8%), este último registrou o quinto recuo seguido, com perda de 28,9% nesse período.


Consumo – No corte por categorias de uso, os bens de consumo ostentaram as taxas mais elevadas entre fevereiro e março: bens de consumo semi e não-duráveis (2,8%) e bens de consumo duráveis (1,7%). O primeiro setor reverteu parte da queda registrada no mês anterior (-3,6%) e o segundo, acumulou crescimento de 9 % ao assinalar sua terceira expansão consecutiva. Bens de capital (0,9%) prosseguiu ampliando a produção, enquanto bens intermediários (-0,9%) registrou recuo pelo segundo mês seguido, acumulando perda de 1,6% nesse período.

Ainda na comparação com março do ano passado, 14 dos 27 ramos pesquisados assinalaram aumento de produção. Entre as categorias de uso, bens de capital atingiu mais uma vez a taxa mais elevada (12,7%) e a produção de bens de consumo duráveis superou em 6,5% a de março do ano passado. O setor produtor de bens intermediários (0,3%) completou 21 meses de taxas positivas, mas registrou o menor índice desde junho de 2006 (-0,4%), enquanto bens de consumo semi e não-duráveis (-3,2%), após seqüência de 14 taxas positivas consecutivas, assinalou o único resultado negativo entre as categorias. O bom desempenho de bens de capital foi sustentado por todos os seus subsetores.


A produção de bens de consumo semi e não-duráveis foi negativamente afetada por todos os seus subsetores, com destaque para alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-4,7%), que respondeu pela maior contribuição negativa no índice global da categoria, por conta dos itens: cervejas e chopes; e carnes e miudezas de aves. Em seguida, vale mencionar outros produtos não-duráveis (-1,9%) e carburantes (-5,4%), esse último com influência negativa do recuo em gasolina.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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